Chegou ao fim o primeiro dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2023, às 19h deste domingo (5).
Os 3,9 milhões de inscritos no exame tiveram 5h30 para responder a 90 questões de linguagens e ciências humanas (história, geografia, sociologia e filosofia), e para entregar uma dissertação.
O tema da redação deste ano foi "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil".
Professores ouvidos pela imprensa avaliaram que a proposta foi complexa e exigiu uma leitura atenta dos textos de apoio.
Após três anos, o Enem voltou a ter questões que abordaram a ditadura militar, incluindo uma que citou o assassinato do jornalista Vladimir Herzog. O teste fez referências ainda ao romance Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, à escritora Conceição Evaristo, à história da Palestina e à migração de judeus para o Brasil.
Outras questões trouxeram a música Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, o tema das mudanças climáticas e do aquecimento global e violência de gênero e racial.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo processo seletivo, pediu à Polícia Federal que investigue suposto vazamento da prova — imagens do caderno com a proposta de redação circularam nas redes sociais após o fechamento dos portões, às 13h30, e antes do período mínimo estipulado para que os participantes saiam com o exame em mãos, que é após as 18h30.
O exame foi marcado ainda por relatos de participantes que demoraram mais de uma hora e meia para chegar ao local de prova e de alunos que não conseguiram revisar a matéria no sábado por causa da falta de energia em São Paulo.
No próximo domingo (12), os candidatos terão até as 18h30 para responder a 90 questões, sendo 45 de matemática e 45 de ciências da natureza (química, física e biologia).
Segundo o calendário oficial do MEC, o gabarito oficial sai em 24 de novembro e os resultados finais serão divulgados no dia 16 de janeiro de 2024.