Nesta segunda-feira (20), por volta das 10h58, Cleriston Pereira Cunha, 46 anos, conhecido como “Clezão do Ramalho”, faleceu na Penitenciária da Papuda, onde estava detido desde as manifestações do 8 de janeiro. Ele buscava refúgio após a invasão de um prédio, mas deveria ter sido libertado em 1º de setembro, conforme decisão da Procuradoria Geral da República, assinada por Carlos Frederico Santos, subprocurador geral da República.
O parecer de Carlos Frederico destacava a falta de justificativa para a prisão cautelar, mencionando a ausência de riscos à ordem pública e à instrução criminal. Clezão, no entanto, foi negligenciado na prisão, sofrendo dores no peito dias antes de seu falecimento. Mesmo com solicitação de prisão domiciliar em janeiro de 2023, devido aos riscos à sua vida, seu pedido foi ignorado.
No pátio da prisão, Clezão passou mal e foi socorrido por Dr. Frederico, outro preso político do incidente de 8 de janeiro. Deixa duas filhas e esposa, sendo a primeira vítima fatal da atual situação política brasileira. Que Deus conforte a família nesse momento difícil.
Defesa
Em petição encaminhada ao ministro no dia 7 de novembro, a defesa de Cleriston pediu a Moraes a soltura do acusado. Segundo o advogado Bruno Azevedo de Sousa, Cleriston tinha parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) para ser solto, mas o pedido não foi julgado.
"A defesa reitera todos os argumentos apresentados nas alegações finais, e reitera para que sejam analisados os mais de oito pedidos de liberdade do acusado, que até o presente momento, parecem ter sido simplesmente esquecidos por esta respeitosa Corte", afirmou o defensor.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, requisitou nesta segunda-feira (20) informações detalhadas da morte de Cleriston Pereira da Cunha, um dos presos provisórios por causa das manifestações do 8 de Janeiro. O homem morreu em decorrência de mal súbito durante um banho de sol na penitenciária da Papuda, em Brasília. Moraes requisitou também cópia do prontuário e relatório médico dos atendimentos recebidos pelo interno durante a custódia.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, Cunha faleceu nesta segunda-feira (20). Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape), ele estava no pátio quando passou mal, por volta das 10h. O Corpo de Bombeiros foi acionado, e duas viaturas entraram na unidade prisional às 10h18 para prestar socorro a Cunha. As equipes tentaram a reanimação cardiorrespiratória, sem sucesso. A morte de Cunha foi declarada às 10h58.
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