A inflação no Brasil encerrou 2023 em 4,62%, conforme o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medidor oficial. Em fevereiro, o indicador voltou a acelerar e ficou em 0,83%, uma alta de 0,41 ponto percentual em relação a janeiro, quando variou 0,42%.
Campos Neto pontuou que um estudo realizado nos Estados Unidos indica não haver relação entre as variáveis no país momento atual, mas disse que a realidade no mercado emergente pode ser diferente.
O presidente do BC ponderou que ao analisar a inflação global, há uma figura mais complicada dos núcleos de inflação na ponta. Os núcleos em alguns países ainda caem, mas em uma velocidade menor. Em outros, porém, estacionaram, e em alguns voltaram a subir um pouco.
Ele reiterou que o processo de desinflação foi puxado pelos preços de alimentos e energia. Destacou o fato de este processo ter se dado em um cenário de pleno emprego.
No entanto, de acordo com o banqueiro central, "o cenário de inflação global ficou mais difícil no último mês e meio".
Campos Neto participa do 10º Brazil Investment Forum, organizado pelo Bradesco BBI, em São Paulo.