A viúva do cabo da PM Bruno de Paula Costa, Lídia Costa, disse que ainda não consegue acreditar na morte do marido em um ataque de criminosos durante a operação no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, nesta quinta-feira (21).
No dia seguinte ao crime, Lídia esteve no IML (Instituto Médico-Legal) para liberar o corpo do marido e afirmou que reúne forças para criar os dois filhos do casal. "Meu marido deixa dois filhos autistas. Meu filho mais velho é autista severo. É uma tragédia. Peço que as pessoas continuem orando pela família. Peço saúde a Deus e força para criar meus dois filhos, que vão precisar de mim", disse a viúva.
Ela comentou, ainda, a paixão do marido pela carreira militar.
"Ele nasceu para isso. Era paraquedista por sete anos, foi cabo do Exército. Sempre teve paixão pelo militarismo. Um excelente policial militar, um excelente cabo do Exército. Todo mundo está chocado. A ficha não caiu."
O corpo de Bruno de Paula Costa será enterrado neste sábado (23), às 9h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste.
Com oito anos de corporação, o cabo Bruno de Paula Costa trabalhava na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). O policial estava de serviço quando foi baleado. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Segundo a PM, o ataque de criminosos ocorreu em retaliação à operação na comunidade do Alemão. Os confrontos na comunidade já deixaram 19 mortos.
O Disque Denúncia divulgou um cartaz em que pede informações que ajudem a identificar os envolvidos no crime. Uma recompensa de R$ 5.000 é oferecida por informações que levem à identificação e à prisão dos suspeitos de participação no caso.