No Ceará, o PT confirmou o rompimento da aliança com o Partido Democrático Trabalhista (PDT) na semana passada, após 16 anos de união política. O motivo foi a escolha de Roberto Cláudio (PDT) para disputar o governo do Estado, em detrimento de Izolda Cela (PDT), atual governadora. Na visão dos petistas, ao não permitir a candidatura da política à reeleição, os pedetistas escolheram “a negativa do diálogo na busca de consenso e pouco apreço à aliança, aos aliados e sobretudo, o desprezo às conquistas e melhorias alcançadas”, o que motivou a ruptura. Nesta terça-feira, 26, Izolda Cela confirmou a desfiliação da sigla e, no início da semana, o PT anunciou o nome de anunciou Elmano de Freitas para a disputa, que deve ser selada com acordo conjunto ao MDB e outras siglas de esquerda.
Se entre os cearenses o momento é de união entre petistas e medebistas, no cenário nacional o nome de Lula é motivo de racha do partido. Nesta quarta-feira, 27, o MDB realiza convenção nacional para lançamento da candidatura de Tebet à presidência, mas o cenário é de crise. Isso porque parte dos filiados, que compõe o núcleo pró-Lula liderado por Renan Calheiros (MDB-AL), defendem o apoio à candidatura do ex-presidente, justificando a consolidada vantagem do petista nas pesquisas eleitorais, enquanto Simone Tebet vive “queda livre” e pontua de 2% a 3%. “Sem diálogo, sem avaliações realistas sobre o desempenho da pré-candidatura, sem competitividade nas pesquisas é insanidade sacrificar o MDB nos estados”, disse Calheiros na última semana. Por outro lado, outros filiados reforçam a necessidade de candidatura própria e enxergam possibilidade de ascensão da senadora na disputa eleitoral.