Uma vendedora de cachorro quente questionada pela reportagem declarou que o fluxo de pessoas das baladas não para, pois os frequentadores trocam constantemente de local. “Uma hora eles vão sair de uma para a outra. É open bar e assim você vai curtir três baladas ao mesmo tempo saindo de uma casa pra outra”, declarou a comerciante. O advogado criminalista Douglas Goulart falou sobre a inoperância dos agentes de segurança na área.
“Dentro de uma situação específica dessa que nós temos, além da questão da perturbação do sossego, também há uma situação evidente de tráfico. O que se verifica é que, aqui em São Paulo, infelizmente, com base no crescimento da cracolândia e esse tipo de coisa, parece ter se criado uma espécie de permissivo em relação ao centro expandido da cidade. Há uma questão de que criou-se a ideia de enxugar gelo e parece que, até na postura dos próprios indivíduos ali, eles se sentem muito livres, soltos e tranquilos para fazer a ação que eles estão fazendo”, declarou o especialista.
De acordo com o advogado, os donos de estabelecimentos também devem ser responsabilizados: “Se há uma nítida relação daqueles indivíduos que estão lá fora com o estabelecimento, se são frequentadores que, apesar de saírem, estão fazendo a festa com base no ambiente que desfrutam lá dentro. O estabelecimento deve, ainda que não criminalmente, responder perante a prefeitura com base em multa. Isso é um alerta para os donos de estabelecimentos no centro da cidade”.