O Ministério Público Federal (MPF) reforçou um pedido ao WhatsApp para que o aplicativo de mensagens adie para janeiro de 2023 a implementação no Brasil da função comunidades, nova ferramenta de grupos do aplicativo que permitirá a participação de milhares de pessoas.
O WhatsApp pretende inaugurar a funcionalidade no país depois das eleições de outubro. Após acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a empresa concordou em deixar a nova ferramenta posteriormente ao pleito, a fim de evitar qualquer tipo de interferência no resultado da votação.
No entanto, de acordo com o MPF, "tal compromisso não impede que o Whatsapp Comunidades seja lançado, no Brasil, logo na sequência, em um período no qual, é importante reconhecer, fluxos organizados de desinformação sobre as instituições e os processos democráticos brasileiros podem ter efeitos especialmente graves para a integridade cívica do país".
As considerações do MPF foram enviadas ao WhatsApp na quinta-feira (28). O documento foi elaborado pela Procuradoria da República em São Paulo, unidade do MPF no estado. No ofício, o órgão avalia que, caso entre em vigor ainda em 2022, a nova função do WhtasApp tem potencial para contribuir com a disseminação de notícias falsas e atrapalhar o combate a esse tipo de crime.