Uma menina de 12 anos está internada em um hospital de Jundiaí. Ela fugiu de casa de prostituição onde era mantida há pelo menos dois anos. A garota contou que a casa de prostituição fica em Fortaleza (CE) e foi trazida para Jundiaí. Ela explicou que tinha como cliente um caminhoneiro da região que a ajudou a fugir. Que ele falou que estava arrependido de manter relações sexuais com uma criança e levaria para um lugar “seguro”. Ele trouxe a menina para Jundiaí, depois de cinco dias de viagem, deixando-a na noite de sábado (13) na Estação Ferroviária.
Como não tinha para onde ir, ela aceitou fazer programa com um homem que encontrou na Estação. Ele a levou para uma pensão. Na manhã deste domingo (14), quando esse homem ainda estava dormindo, a garota aproveitou e saiu do quarto, caminhando pelas ruas de Jundiaí apenas com as roupas do corpo e faminta. Quando viu uma viatura da Guarda Municipal, que atua no bairro da Ponte São João, pediu ajuda. Rede de pedofilia A menina contou que foi levada ainda criança para a casa de prostituição, onde havia cerca de 10 meninas a partir de 8 anos de idade. Os donos da casa injetavam hormônios para as meninas ganharem corpo. As que ficavam parecendo obesas eram levadas para rituais satânicos. A menina disse que os donos da casa diziam que eram os pais dela. Mas era torturada com queimaduras de cigarros, se recusasse a manter relações sexuais com os clientes. Contou que nos rituais de magia negra chegou a ver bebês sendo oferecidos como sacrifícios. Que os donos da casa de prostituição pertencem a um grupo de pessoas influentes com atuação no Pará e Amazonas, além de Fortaleza. O delegado do Plantão da Polícia Civil de Jundiaí, Alexander de Paula Silva, determinou o encaminhamento da criança para atendimento médico, onde vai aguardar decisão da Vara da Infância e Juventude