"Eleição absolutamente tranquila, um clima tranquilo. Eu votei cedo em São Paulo, depois passei no TRE de São Paulo, conversei com o presidente. Vim para Brasília, passei em dois locais. Nós percebemos um clima ameno, tranquilo", disse.
Moraes citou a ocorrência de problemas comuns em dias de votação, como filas um pouco maiores no horário do almoço.
"Isso também, dentro da normalidade. Obviamente, todos os eleitores e eleitoras que chegarem até as 17 horas votação. Serão distribuídas senhas [...] para que se complete normalmente as eleições", esclareceu.
Como exemplo, o presidente do TSE se referiu à votação dos brasileiros que moram em Portugal. Segundo Moraes, em Lisboa, o índice de comparecimento foi "50 e poucos por centro" maior que o registrado em 2018.
"O TSE, a partir das 17h, estará divulgando todos os boletins de urna na rede social, para que todas as pessoas e todas as entidades fiscalizadoras tenham total acesso para, eventualmente, somarem e conferirem as eleições", informou o ministro.
Questionado sobre o que o TSE fará com contestações sobre o resultado das urnas, Moraes disse:
"Eu sou corinthiano, todos sabem. Eu contesto até hoje a vitória do Internacional (sobre o Corinthians) em 1976. Só que isso não significa nada, eu guardo essa contestação para mim mesmo. E é assim que o TSE vai tratar qualquer contestação ao resultado".
Comparecimento às urnas deve crescer
Questionado na tarde deste domingo, Moraes afirmou que não é possível, a princípio, relacionar o registro biométrico dos eleitores com eventuais filas e atrasos na votação.
"Até porque em algumas zonas eleitorais, já foi verificado um aumento do número de eleitores, ou seja, um menor número de abstenção", disse.
O presidente do TSE também repetiu a previsão de que o resultado oficial seja divulgado ainda neste domingo – mas preferiu não cravar um horário-limite.
Perguntado, Moraes repetiu que os registros de ocorrências, crimes eleitorais ou hostilidades em áreas de votação não fogem à normalidade esperada para uma votação deste porte.
"Intercorrências ocorrem em todas as eleições. Agora, nada fora do normal. O clima em todos os estados está muito tranquilo. A sociedade brasileira está demonstrando maturidade democrática. Cada um vai a sua seção vota sem confusão, sem violência. Então nós estamos extremamente satisfeitos com o andar das eleições 2022."
"Dia de eleição não é dia de arma. Eu digo, disse e repito, a arma do eleitor é o voto. Não se justifica que no dia de eleição, quando há uma aglomeração maior de pessoas, as pessoas saiam para praticar tiro. Tem outros dias para isso", disse Moraes.
Questionado sobre o risco de que eleitores burlassem a regra do celular – já que a entrega do telefone é voluntária e não há revista pessoal –, Moraes minimizou o impacto nas eleições e disse que os infratores serão responsabilizados.
"São pouquíssimos casos. O procedimento é esse, o mesário pergunta, ele não vai revistar todas as pessoas porque nós acreditamos na boa-fé dos eleitores e eleitoras. Aqueles que burlaram isso cometeram crime eleitoral. Serão investigados e responsabilizados por crime eleitoral", disse.