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Brasil tem a maior queda do desemprego em um ano entre 40 países

O indicador recuou de 13,1%, em agosto de 2021, para 8,9%, no mesmo período deste ano, uma redução de 4,2 pontos percentuais

Publicada em 06/10/22 às 09:46h - 3123 visualizações

por TV & RÁDIO REGIONAL


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Trabalhadores procuram vaga durante mutirão de empregos, no centro de São Paulo  (Foto: TV & RÁDIO REGIONAL)

O Brasil registrou a maior queda da taxa de desemprego em um ano entre 40 países, de acordo com levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating. O indicador recuou de 13,1%, em agosto de 2021, para 8,9%, no mesmo período deste ano, uma redução de 4,2 pontos percentuais. 

A trajetória de queda do desemprego no país começou na última metade do ano passado e atingiu 8,9% no trimestre encerrado em agosto. O percentual é o menor apurado desde julho de 2015, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar da redução, a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho equivale a 9,7 milhões de pessoas, o menor nível desde novembro de 2015. Já o contingente de pessoas ocupadas foi de 99 milhões, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012.

O RECUO DA TAXA DE DESEMPREGO

A diferença entre agosto de 2021 e agosto de 2022 (em pontos percentuais)

Alemanha - 0,5
Austrália - 1,1
Áustria - 0,7
Bélgica - 0,5
Brasil - 4,2
Canadá - 1,7
Chile - 0,3
China - -0,2
Colômbia - 2,5
Coreia do Sul - 0,6
Costa Rica - 3,4
Dinamarca - 0,7
Eslováquia - 0,7
Eslovênia - 0,4
Espanha - 2,2
Estados Unidos - 1,5
Estônia - 0
Finlândia - -0,2
França - 0,5
Grécia - 1,5
Holanda - 0,4
Hungria - 0,5
Índia - 0
Irlanda - 1,2
Islândia - 0,7
Israel - 1,5
Itália - 1,3
Japão - 0,3
Letônia - 0,9
Lituânia - 1,5
Luxemburgo - 0,6
México - 0,7
Noruega - 0,5
Polônia - 0,6
Portugal - 0,3
Reino Unido - -
República Tcheca - 0,4
Rússia - 0,6
Suécia - 2
Suíça - 0,7
Turquia - -

Cenário positivo

A sequência positiva surge em linha com o IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego), índice utilizado para antecipar os rumos do mercado de trabalho no Brasil, que avançou 1,5 ponto em setembro, para 83,8 pontos. Trata-se do nível mais alto desde outubro do ano passado (87,1 pontos), mostram dados divulgados nesta quarta-feira (5) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Para Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), a trajetória favorável nesse trimestre indica um cenário positivo para o mercado de trabalho. Segundo ele, dois fatores principais ajudam a explicar a queda da taxa de desemprego.

"Com a pandemia cada vez mais controlada, o setor de serviço, que é o maior empregador, voltou com sua atividade, acelerando a recuperação do mercado de trabalho", afirma Tobler. "Tem um segundo ponto que é o aquecimento da economia, também até mais do que era esperado no início do ano. Com isso, outras atividades também se beneficiaram e, quando a economia reage positivamente, o mercado de trabalho também vai na mesma linha." 

A tendência, segundo o economista, é que tenha uma continuidade da melhora no curto prazo, talvez com um ritmo mais lento. A projeção é que a taxa se estabilize próximo de 9% no fim do ano, o melhor resultado desde 2015.

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, estima que a taxa poderá encerrar o ano em até 8%. Ele entende que a queda do desemprego tem a ver também com o empreendedorismo. Depois da pandemia, muitas pessoas viram oportunidade de tocar o próprio negócio. Ele aponta as mudanças do Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Previdência, que passou a contabilizar o microempreendedor individual.

Segundo os últimos dados do Caged, o Brasil abriu 278.639 vagas de trabalho com carteira assinada em agosto, resultado que corresponde ao oitavo mês seguido com mais contratações do que demissões no mercado formal de trabalho.

Mas o economista menciona que o desemprego no Brasil é estruturalmente elevado. "Por mais que o país consiga crescer, vai ter uma taxa de desemprego estrutural. Com baixo nível de produtividade, a gente vai ter sempre uma carência de mão de obra, por vários fatores. As empresas precisam, mas as pessoas não estão qualificadas. Além disso, tem a questão tributária", afirma Agostini.




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