O governador de Alagoas, Paulo Dantas, candidato à reeleição pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi alvo de uma ação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) deflagrada na manhã desta terça-feira, 11. Batizada de Edema, a operação investiga supostos desvios de recursos públicos que ocorrem na Assembleia Legislativa do Estado desde 2019 e chegam a R$ 54 milhões. Segundo comunicado da PF, o inquérito, que ocorre em sigilo, aponta a prática de crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Ao todo, foram cumpridos 31 mandatos de busca e apreensão em imóveis, além de medidas cautelares determinadas pelo Superior Tribunal de Justiça, o que inclui o afastamento de Paulo Dantas do cargo, além de sequestro de bens e valores totais desviados, R$ 54 milhões.
“A necessidade e a urgência das medidas cautelares cumpridas na manhã de hoje – que incluem busca e apreensão, sequestro de bens, afastamentos de função pública, dente outras medidas – foram amplamente demonstradas nos autos da investigação policial e corroborada pelo Ministério Público Federal, o que subsidiou a decisão judicial”, diz nota. O pedido de afastamento do governador de Alagoas partiu da Polícia Federal e teve aval do MPF, sendo determinado pela juíza Laurita Vaz, do STJ. Ela enviará o caso para Corte Especial do Tribunal decidir se mantém ou não as medidas cautelas. Paulo Dantas foi o candidato ao governo alagoano mais votado no primeiro turno das eleições 2022, recebendo 46,64% dos votos válidos no Estado. Ele deve disputar o segundo turno com Rodrigo Cunha (União), que conquistou 26,79% dos votos válidos.