Mello diz no texto que a razão para o voto em Bolsonaro é que o adversário dele, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve o nome envolvido em escândalos de corrupção.
"É simples, muito simples: como ex-juiz não posso subscrever o nome de quem, durante oito anos, foi presidente da República e teve o perfil político manchado pelos célebres casos 'MENSALÃO' e 'LAVA JATO'. Que veio a ser condenado a substancial pena de reclusão, executada em parte. Dir-se-á que o Supremo anulou os processos-crime. No julgamento fui, com outros colegas, voto vencido."
O ministro aposentado diz que, na verdade, o STF não absolveu Lula nos processos, apesar de ter anulado as condenações do ex-presidente. "O Absolveu? A resposta é desenganadamente negativa."
"O fato não afasta a consciência do eleitor, na análise da vida dos candidatos. Eis as razões pelas quais, no domingo, 30 de outubro de 2022, embora aos 76 anos de idade o voto não seja obrigatório, cumprirei o direito-dever de eleger o representante maior, sufragando o nome do candidato Jair Messias Bolsonaro, que vem de obter expressiva vitória nas eleições para a Câmara dos Deputados e Senado da República, com vários ex-ministros eleitos, destacando-se a figura ímpar do vice-presidente Hamilton Mourão, senador pelo brioso estado do Rio Grande do Sul."