Um novo golpe envolvendo o Pix, meio de pagamentos instantâneos do Banco Central, pode fazer clientes perderem muito dinheiro, acreditando que estão sendo atendidos por um funcionário do banco no qual têm conta.
Segundo os relatos, os criminosos se fazem passar por profissionais da empresa bancária onde o consumidor tem conta para tentar conseguir dinheiro das vítimas. A novidade é que conhecem detalhes sobre as movimentações, ou seja, conseguem a senha do banco online de alguma forma.
Um caso recente envolvendo uma correntista do Itaú viralizou nas redes sociais. A cliente quase chegou a fazer a transferência de R$ 10 mil para os golpistas, mas, após um tempo de conversa, diz que desconfiou do golpe.
Marcella Centofanti diz, nas redes sociais, que recebeu uma ligação e a pessoa do outro lado da linha disse ser funcionário do Itaú, onde ela tem conta. Segundo seu relato, o falso trabalhador sabia de detalhes de movimentações financeiras feitas por ela em sua conta nos últimos dias.
Durante o período de conversa, ele chegou a colocá-la na espera, simulando estar fazendo um atendimento bancário, e tocou a música do Itaú usada nessas ocasiões. "Ele citou o que saiu e entrou da minha conta nos últimos dias. Pix que eu fiz e recebi, com nomes e valores, além de débitos automáticos precisos nos centavos. O meu saldo. Tudo EXATO", disse.
Nos comentários, clientes de outros bancos citam que também chegaram a ser abordados da mesma forma por criminosos em momentos recentes. Alguns deles, por sorte, não caíram no golpe. Outros acabaram perdendo dinheiro.
Em nota enviada ao UOL, o Itaú Unibanco afirmou saber dos fatos, mas não esclareceu como os criminosos conseguiram os dados da movimentação bancária da cliente. Se foi falha na segurança ou alguma outra artimanha. Nas redes, usuários afirmam que o golpe é conhecidos dos gerentes.
Segundo a federação, abordagens do tipo são conhecidas como crimes que usam a engenharia social, "que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões para os criminosos, ou faça transações em favor das quadrilhas".
De acordo com a Febraban, os aplicativos dos bancos contam com o máximo de segurança desde o desenvolvimento até a utilização pelo usuário. Dentre as principais dicas de especialistas em segurança na internet estão nunca fornecer senhas e dados pessoais em contatos por telefone, email ou WhatsApp.
2.Ele pede para a vítima confirmar as últimas operações da conta e cita entradas, saídas e detalhes precisos do extrato bancário
3.Golpista pede para vítima entrar no aplicativo do banco e alterar a senha de acesso. Para aumentar a credibilidade, sugere a criação de senhas seguras e diz para vítima registrar um boletim de ocorrência
4.Criminoso cita supostos depósitos feitos pela conta, citando os nomes dos destinatários, desconhecidos para a vítima
5.Golpista, então, pede para a vítima refazer as operações para os mesmos destinatários, justificando que o banco reconheceria a duplicidade e, então, cancelaria as transferências ?na verdade, nesse momento, o dinheiro é destinado às contas associadas ao criminoso