A Polícia Civil de Jarinu vai investigar uma ocorrência de acusações mútuas envolvendo policiais militares e um guarda municipal de Jarinu, por crimes supostamente cometidos durante uma abordagem dos PMs ao GM - que estava em seu carro com alguns amigos na rodovia Dom Pedro, na região do bairro Machadinho, em Jarinu, no fim da noite desta sexta-feira (17). O GM será investigado por apropriação indébita, uma vez que, já após o encerramento da abordagem, um celular da Corporação foi dado como desaparecido; e com rastreamento e durante diligências, os militares encontraram indícios de que havia sido levado pelo guarda. Um dos PMs, por sua vez, será investigado por lesão corporal, acusado pelo guarda municipal de agressão durante o procedimento de abordagem.
De acordo com os militares, eles estavam realizando patrulhamento pela rodovia Dom Pedro I, momento em que efetuaram abordagem a um veículo, conduzido por um homem que se identificou como guarda municipal da cidade. Na companhia dele, no interior do carro, havia mais dois homens, que alegaram estar retornando da cidade de Joanopolis. Os PMs disseram que foi realizada abordagem operacional padrão, onde nada de ilícito foi encontrado, sendo todos os ocupantes liberados em seguida. Ainda segundo os policiais militares, após a liberação dos abordados, um dos integrantes da equipe deu por falta de um aparelho celular funcional (pertencente à Corporação), que imediatamente foi rastreado. Os agentes foram até o local apontado pela localização (uma casa), onde foram recebidos por um dos ocupantes do carro abordado pouco tempo antes. Este, por sua vez, informou que o celular procurado pelos policiais estava sob posse de seu amigo (o guarda municipal). Os agentes então se deslocaram até a base da GM na cidade, onde foram recebidos por um inspetor da Corporação, que entrou em contato com o guarda.
VERSÃO DO GUARDA
Tão logo foi acionado, o agente compareceu na base e contou sua versão dos fatos, que consta também em Boletim de Ocorrência. Ele alega que estava voltando de Joanopolis - onde foi com um amigo e mais três pessoas ligadas a esse amigo -, momento em que foram abordados. O GM diz que nada de ilícito foi localizado no interior de seu veículo, bem como com nenhum dos ocupantes, e que ele informou aos militares que estava carregando sua arma particular, sendo esta retirada de sua cintura por um dos policiais. O guarda informou que, no momento em que estavam sendo abordados, chegou no apoio outra viatura da Policia Militar Rodoviária, alegando que os passageiros que estavam no interior do veículo eram integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), e em seguida começaram a agredi-lo. O guarda informou que primeiramente foram deferidos muitos tapas no rosto e ouvido e, posteriormente, depois em todo o corpo - e ainda um dos policiais teria aspergido gás de pimenta contra seus olhos. O GM informou, ainda, que foi ameaçado pelos militares, que alegavam que se ele tomasse qualquer providência, iriam atrás dele e de seus familiares, ou mesmo forjar qualquer situação por onde o veiculo do guarda estivesse trafegando. Alegou, também, que após ser liberado, passado uns 40 minutos, recebeu uma ligação em seu celular de um numero privado, de um homem que se identificou como sargento, lhe questionando sobre um aparelho celular, dizendo que era da equipe, porém o guarda alegou que não tinha em sua posse nenhum aparelho celular.
OS DOIS LADOS
Tanto o GM como o PM negam sobre as acusações recebidas.
O caso será investigado pela Polícia Civil.