As escolas de Jundiaí estão bem próximas de contar com um “botão de pânico” que crie uma comunicação direta entre a comunidade escolar e as forças de segurança da cidade. A informação foi confirmada pelo gestor da Casa Civil, Gustavo Maryssael, em entrevista ao vivo à Rádio Difusora, ontem, sobre as ações da administração de enfrentamento e prevenção da violência na rede de ensino.
A ferramenta já foi implementada em algumas cidades da região, como é o caso de Campo Limpo Paulista e Valinhos, onde o botão foi disponibilizado ontem, com acionamento por meio de um aplicativo integrado com dados dos municípios. Em Jundiaí, no entanto, segundo o gestor, ainda faltam alguns detalhes para bater o martelo. “Cada município tem uma realidade e está trabalhando de uma forma diferente. Mas o botão implica em um cadastro das escolas, em estudar como o sistema será alimentado, em treinar os professores, diretores e supervisores, entre outros pontos”, afirmou.
A medida foi um dos tópicos discutidos em reunião, anteontem (11), entre representantes da prefeitura, da Câmara e das forças de segurança da cidade - o encontro já era programado pelo grupo há pelo menos um mês para debater projetos, mas, segundo o gestor, precisou “furar a fila” de temas as ações emergenciais para atender a um temor dos pais, mães, responsáveis e estudantes, em meio à disseminação de boatos falsos de supostos ataques prestes a acontecer em Jundiaí.
De acordo com Maryssael, todas as providências imediatas da gestão vêm mais ao encontro de uma solicitação das famílias, que têm procurado o gabinete do prefeito Luiz Fernando Machado, do que pela iminência de um ataque real em alguma escola. “Não está acontecendo nada de anormal. Jundiaí tem um povo ordeiro em si. As escolas devem ser um lugar só de aprendizado e de lazer, elas são um ambiente sadio. A impressão é que algumas pessoas ficam incitando esse movimento e causam essa sensação desagradável”, opinou.
Mesmo assim, de acordo com ele, a prefeitura tem intensificado o monitoramento por câmeras de segurança nos entornos das escolas e aumentado o patrulhamento da Guarda Municipal, com parceria da Polícia Militar, além de estabelecido um diálogo com as escolas por meio da Unidade de Gestão de Educação (UGE). “Temos que ter sensibilidade, mas também agir com racionalidade. Essas são ações pontuais”, frisou Maryssael.
ANJOS DA GUARDA
Uma das ações reforçadas pela gestão é o programa Anjos da Guarda, voltado especificamente para a ronda escolar. Segundo o comandante da corporação, Benedito Marcos Moreno, as ações agora passam a contar com a participação das equipes do Canil, Apoio Tático, Divisão Florestal e patrulha Guardiã Maria da Penha. “Desta forma, a corporação está presente em todas as regiões da cidade. Durante o período noturno, as escolas estaduais estão recebendo as equipes em conjunto com a Polícia Militar”, explica Moreno.
Na região que compreende a Serra do Japi, a Divisão Florestal da GMJ está encarregada de patrulhar as escolas nos bairros Terra Nova, Santa Clara, Vila Maringá, Eloy Chaves e Ermida.
De acordo com a GMJ, até o momento, não houve nenhuma anormalidade em escolas. A corporação ressalta a necessidade de a população denunciar qualquer situação ou ato suspeitos para o 153 emergência ou 4492-9060.