O apresentador Emilio Surita, do Programa Pânico, passa por um tratamento de câncer de intestino, também chamado de câncer colorretal. Recentemente, ele foi submetido a uma cirurgia.
Esse é o terceiro tipo de tumor mais frequente no Brasil, excluídos os de pele não melanoma.
Segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer), 45.600 novos casos de tumores colorretais devem ser identificados por ano em todo o país entre 2023 e 2025. Em números, apenas os de mama e próstata superam.
Nos últimos anos, algumas celebridades também foram diagnosticadas com câncer colorretal, como as cantoras Preta Gil e Simony. Pelé também enfrentou a doença, que se espalhou e provocou a morte dele, em dezembro do ano passado.
O Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento classifica o câncer colorretal como sendo "extremamente comum".
Os tumores surgem com mais frequência devido a uma transformação nos pólipos adenomatosos.
Cerca de 80% dos casos de câncer colorretal são chamados de esporádicos, em que não há histórico familiar conhecido, e, portanto, podem ter forte interferência de fatores de risco. Outros 20% têm um componente hereditário.
No caso do câncer colorretal, os fatores de risco incluem doenças intestinais, como colite ulcerativa crônica e colite de Crohn, além de dietas pobres em fibras e ricas em proteína animal, gordura e carboidratos refinados.
Há evidências que sustentam, por exemplo, que o consumo exagerado de embutidos (como presunto, bacon, linguiça, salsicha etc.) aumenta as chances de ter câncer colorretal.
"Adenocarcinomas colorretais crescem lentamente, e transcorre um longo período de tempo até se tornarem grandes o suficiente para provocar sintomas. Os sintomas dependem da localização da lesão, do tipo, da extensão e das complicações", acrescenta o guia médico.
Os sintomas incluem desde cansaço e fraqueza, causados por anemia, até alterações ou sangue nas fezes, dores abdominais e obstrução intestinal. O diagnóstico é feito por colonoscopia.