"Eu já disse para o Flávio Dino que temos que fechar quase todos [os clubes de tiro]. Só deixar aberto os que são da Polícia Militar, Polícia Civil e Exército. Organização policial é que tem que ter lugar para treinar tiro, não a sociedade. "
Ao longo da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, a indústria armamentista foi beneficiada por uma série de decretos que permitiram a atiradores, por exemplo, adquirir até 60 armas, 30 delas de uso restrito (como fuzis e metralhadoras) e 30 de uso não restrito (como pistolas e revólveres). Além disso, caçadores ficaram autorizados a registrar até 30 armas, 15 de uso restrito e 15 de uso não restrito.
Com o novo decreto, a quantidade de armas acessíveis a civis caiu de quatro armas de uso permitido para duas, com comprovação efetiva da necessidade. Além disso, a quantidade de munição também foi diminuída, de 200 munições por arma para 50 munições por arma por ano.
O presidente também disse que vê como "normal" que partidos do centrão queiram participar do governo, já que o grupo tem votado a favor das pautas governistas no Congresso. Lula admitiu que devem ocorrer mudanças na Esplanada dos Ministérios nas próximas semanas, mas criticou especulações e enfatizou que ele vai decidir quais cargos vai negociar.
Lula avaliou ainda que os acordos políticos são normais entre o Executivo e o Legislativo, e que servem para "melhor aprimorar o funcionamento do Brasil".
"É assim que a gente conversa e é normal que, se esses partidos que quiserem apoiar a gente, eles queiram participar do governo. Aí você tenta arrumar um lugar para colocar, para dar tranquilidade ao governo para as votações que nós precisamos para melhor aprimorar o funcionamento do Brasil. É exatamente isso que vai acontecer", afirmou.
Em seguida, Lula disse que, apesar dos acordos, os partidos políticos não terão poder para escolher ministérios e que as indicações são prerrogativa do presidente da República.
"Não é o partido que quer vir para o governo que escolhe o ministério. Quem escolhe, indica e oferece o ministério é o presidente da República. Vamos fazer isso nos próximos dias. Mas ainda não conversei com ninguém. Quando eu conversar, terei interesse que a imprensa saiba, não tem conversa sigilosa", enfatizou.