O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou por rejeitar uma denúncia contra a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do partido. Fachin é relator dos processos remanescentes da Operação Lava Jato na Corte. O caso está sendo julgado no plenário virtual, no qual os ministros votam de maneira remota. A sessão está prevista para terminar no dia 20 de novembro e, até o momento, Fachin foi o único a votar. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril de 2018, tendo as delações premiadas de executivos da Odebrecht como fonte. No documento, Gleisi foi acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por, supostamente, ter recebido R$ 3 milhões em propina da empreiteira para arcar com despesas de campanha quando foi candidata ao governo do Paraná, nas eleições de 2014.
Segundo Fachin, há “insuficiência de elementos indiciários” para sustentar a denúncia, tendo “vácuos investigativos intransponíveis” para demonstrar os crimes que, supostamente, teriam sido praticados. Ainda de acordo com o ministro, os gastos apontados como ilícitos coincidem com os gastos de campanha declarados de maneira regular à Justiça Eleitoral. Ao rejeitar a denúncia, Fachin declarou a prescrição dos supostos crimes em relação ao ex-marido de Gleisi, o ex-ministro Paulo Bernardo. A parte da denúncia que acusava Leones Dall’agnol, coordenador da campanha de Gleisi, de corrupção passiva, também foi rejeitada. Os demais ministros ainda deverão se manifestar, com exceção de Cristiano Zanin, que está impedido de votar por ter atuado no processo.
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