Fontes ligadas à investigação do assassinato da vreadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, afirmaram ao Quarta Instância que a citação do deputado federal João Francisco Inácio Brazão (União Brasil-RJ), conhecido como Chiquinho Brazão, nas apurações levou à transferência do inquerito do STJ (Superior Treibunal de Justiça) para o STF (Supremo Tribunal Federal), já que o parlamentar conta com foro privilegiado.
O irmão do parlamentar, Domingos Brazão, foi apontado como um dos mandantes do atentado pelo atirador Ronnie Lessa em delação premiada, que agora poderá ou não ser homologada pelo STF. Chiquinho também era vereador quando o assassinato ocorreu.
A relatoria do processo foi distribuída por sorteio ao ministro Alexandre de Moraes, da Primeira Turma, por se tratar de uma ação criminal.
Segundo fontes da Polícia Federal, o inquérito está em fase avançada das investigações. O suposto envolvimento de Chiquinho Brazão ainda não está claro, já que o processo está em sigilo no STF. O Quarta Instância entrou em contato com a assessoria do deputado, que não respondeu aos questionamentos do blog.
A defesa de Domingos Brazão nega envolvimento dele no caso. "Até hoje, as informações que [Brazão] possui sobre as investigações foram obtidas apenas por meio de matérias jornalísticas, já que não lhe foi concedido acesso aos autos. Esclarece ainda jamais ter tido qualquer envolvimento com os personagens citados e aguarda que os fatos sejam concretamente esclarecidos, de modo a encerrar a tentativa de lhe associar ao trágico enredo", diz nota.
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