Mais cedo, Lula recebeu Lira e os líderes do governo na Câmara e no Senado, José Guimarães (PT-CE) e Jaques Wagner (PT-BA), respectivamente, além de ministros do governo. O encontro, que inicialmente não estava na agenda oficial, foi realizado no Palácio do Alvorada.
O governo federal passou a cogitar mais tempo para que o projeto seja votado após as big techs começarem campanhas contra a matéria. Nos últimos dias, empresas como Google e Twitter iniciaram uma ofensiva contra o projeto, principalmente porque o PL propõe uma regulamentação para os gigantes tecnólogicos, prevendo que as companhias paguem por conteúdos jornalísticos que publicarem, como já ocorre, por exemplo, na Austrália.
O Google usou a própria página inicial de buscas para publicar artigos que criticam a proposta de regulamentação das plataformas digitais. Um dos textos postados pela empresa tinha como título "PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira". Em outro artigo, afirmava-se que o PL "pode piorar a sua internet".
O PL das Fake News é um primeiro passo na regulamentação das redes sociais e dos buscadores de internet. O texto prevê regras de uso, gestão e punições — no caso de divulgação de informações falsas. Além disso, as plataformas terão de publicar regularmente relatórios semestrais de transparência com informações sobre a moderação de conteúdo falso.
O PL estabelece prisão de um a três anos e multa a quem promover ou financiar a disseminação em massa de mensagens que contenham "fato que se sabe inverídico" e que possa comprometer a "higidez" do processo eleitoral ou causar dano à integridade física de agentes públicos.