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Lula admite trocas em ministérios, cobra responsabilidade do BC e nega amizade com Zanin

Presidente diz que negocia mudanças na Esplanada e promete não pedir favores pessoais ao advogado dele na Lava Jato

Publicada em 14/07/23 às 00:04h - 4723 visualizações

por TV & RÁDIO REGIONAL


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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista  (Foto: TV & RÁDIO REGIONAL)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista exclusiva à uma TV nesta quinta-feira (13) e reconheceu que pode trocar ministros do governo dele a pedido de partidos do centrão. O chefe do Executivo, no entanto, disse que não aceita negociar pastas importantes para ele, como o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e o Ministério da Saúde.

“Esse ministério [do Desenvolvimento Social] é um ministério meu. Esse ministério não sai. A Saúde não sai. Não é o partido que quer vir para o governo que pede ministério. É o governo que oferece o ministério. É só fazer uma inversão de valores“, afirmou o presidente.

Na entrevista, Lula também falou sobre a relação dele com o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, que conseguiu a absolvição do presidente nas investigações dos escândalos conduzidas pela operação Lava Jato. O chefe do Executivo negou ser amigo de Zanin e disse que nunca vai pedir favores pessoais a ele quando o advogado assumir uma cadeira no STF.

“Ele [Zanin] não era amigo, ele era meu advogado. É uma pessoa extremamente capaz. O Zanin foi escolhido porque o Zanin é um homem do presente e um homem do futuro. Ele é muito estudioso, ele é muito competente, muito dedicado e muito sério. Essas foram as razões pelas quais ele foi escolhido. E eu acho que ele vai ser um extraordinário ministro da Suprema Corte. E posso dizer que eu nunca vou precisar de um favor pessoal do Zanin, porque eu nunca vou fazer nada errado”, explicou o presidente.

Lula voltou a reclamar da atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e disse que não há motivos para o órgão manter a 13,75% ao ano a taxa básica de juros da economia, a Selic.

“A função dele também é gerar empregos. A função dele também é fazer a economia crescer. E é por isso que ele tem que ter responsabilidade de olhar a política monetária com vários vieses, de vários lados, ele não pode apenas achar que é preciso aumentar juro”, frisou.




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