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Cristiano Zanin vota contra a descriminalização da maconha para uso pessoal

STF tem 5 votos a favor da autorização; Mendonça pede vista e trava julgamento

Publicada em 25/08/23 às 00:31h - 2884 visualizações

por TV & RÁDIO REGIONAL


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 (Foto: TV & RÁDIO REGIONAL)
O ministro Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), votou contra a descriminalização da maconha para uso pessoal nesta quinta-feira, 24. O magistrado defende a separação do usuário do traficante, já que a punição para os usuários é mais leve. “A descriminação, ainda que parcial das drogas, poderá contribuir com o agravamento deste problema de saúde”, disse Zanin. Para o ministro, o porte precisa ser mantido como crime e o usuário é quem tem posse de até 25g ou seis plantas fêmeas. “A mera descriminalização do porte de drogas para consumo, na minha visão, apresenta problemas jurídicos e ainda pode agravar a situação que enfrentamos nessa problemática do combate às drogas”, argumentou o ministro”. O Supremo tem 5 a 1 a favor da descriminalização. O ministro André Mendonça pediu vista e travou o julgamento. Votaram a favor os ministros Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Somente Zanin divergiu dos demais magistrados. Esta discussão avalia a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas, de 2006, que considera crime “adquirir, guardar, ter em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”.
A votação foi interrompida por oito anos e foi retomada em agosto deste ano. As divergências ficaram com relação a quantidade de drogas para ser considerado porte. Alexandre de Moraes votou pela mudança e definiu que a pessoa portadora de até 60 gramas ou seis plantas fêmeas seja considerada usuária. Logo depois, o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, pediu adiamento, e nesta quinta-feria, 24, o ministro votou e fez modificações no seu julgamento de 2015. Ele restringiu o porte somente à maconha. Para ele, deve haver condições práticas para diferenciar o usuário do traficante, e considerou boas opções a do ministro Alexandre Moraes e de Barroso, que indica 100 gramas, seguindo exemplo da Espanha. Todos afirmaram estarem abertos para um consenso. Na sequência, foi a vez de Zanin votar e divergiu da maioria. Em seguida, Mendonça pediu vista e o julgamento foi interrompido. Na sequência, Rosa Weber adiantou seu voto e disse ser favorável  à medida. No início a presidente disse ser favorável à descriminalização de “qualquer droga”, mas preferiu “ficar em um exame mais minimalista e restrito” e somente votou sobre a maconha. O ministro Edson Fachin votou favorável à descriminalização de qualquer droga no início de agosto, antes do pedido de vista feito por Gilmar Mendes.




Votos

Os votos de Rosa Weber e Cristiano Zanin foram os destaques da sessão de hoje. 

A ministra decidiu adiantar o voto sobre a questão após Mendonça pedir a suspensão do julgamento. Em setembro, Rosa vai se aposentar ao completar 75 anos e não deve participar da retomada do julgamento.

A presidente disse que a manutenção da criminalização do porte é desproporcional e atinge a vida privada dos usuários. Além disso, a ministra citou que a criminalização provoca o encarceramento de pessoas vulneráveis. Os argumentos também foram citados pelos demais ministros.

"As nossas prisões estão cheias de meninos e meninas, geralmente negros, pardos e, na imensa maioria, está lá em função do tráfico", afirmou.

A presidente também ressaltou que a decisão da Corte não está estimulando o consumo de drogas.

"Penso que o STF pode ajudar nessa solução, sem prejuízo na atuação do Congresso. Quem despenalizou para o usuário foi o Congresso, em 2006. Se mantém apenas a criminalização. O Supremo daria um passo no sentindo de descriminalizar quando se trata de uso próprio", completou. 

O único voto divergente foi proferido pelo ministro Cristiano Zanin. Apesar de reconhecer que o atual sistema penal é falho e não aplica a despenalização para pessoas pobres, negras e de baixa escolarização, Zanin disse que a descriminalização apresenta "problemas jurídicos" e pode agravar o combate às drogas.

Contudo, o ministro votou para fixar a quantidade de 25 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas de cannabis para configurar a situação de uso pessoal em apreensões policiais.






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