A família de Lara Oliveira do Nascimento, de 12 anos, achada morta três dias depois de desaparecer, em Campo Limpo Paulista, em março de 2022, está oferecendo R$ 10 mil de recompensa a quem der informações que levem à prisão do principal suspeito do crime - que foi identificado e indiciado pela Polícia Civil. O anúncio da recompensa foi feito nas redes sociais pela mãe da vítima, Luana Aparecida Oliveira Nascimento, que conversou com o Jornal de Jundiaí sobre a iniciativa.
De acordo com ela, a oferta é uma tentativa de conseguir justiça. "Tentei de todas as formas, através de advogados, colocar ele (suspeito) no banco de procurados por recompensa, na Polícia Civil, mas não conseguimos ainda. Então é uma iniciativa nossa, e se uma denúncia efetivamente levar à prisão dele, esse valor será pago. Eu mesma não teria condições financeiras de pagar nada. Mas existem pessoas de uma corrente do bem que me ajudaram a arrecadar esse valor, que está em posse de um grupo de advogados, podendo ser retirado somente em caso de pagamento da recompensa. Não pode ser retirado para mais nada, nenhuma outra situação", disse ela.
A mãe também desabafou: "ela foi tomada pela dor, tristeza, e pela injustiça que, infelizmente, até hoje, um ano e três meses depois, nada de essa prisão acontecer. Essa luta é constante, desde que o corpo da minha filha foi encontrado e eu soube que este homem era o autor do crime. Desde então tenho lutado todos os dias da minha vida para que a justiça da terra aconteça, para ver se minha família consegue prosseguir. Minha família está toda despedaçada, toda quebrada. Existe também a questão que ele é um bandido por diversos crimes, inclusive crimes sexuais. Então nossa esperança é que essa prisão efetivamente aconteça".
Quem tiver informações deve entrar em contato com as forças policiais, Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal.
RELEMBRE
Lara desapareceu após sair de casa para ir a uma mercearia no bairro onde morava, na região do Distrito do Botujuru, em Campo Limpo Paulista. Três dias depois o corpo foi encontrado com marcas de violência, principalmente na cabeça - ela não sofreu violência sexual.
O caso foi investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Jundiaí, que identificou um homem como principal suspeito, e que chegou a ser questionado sobre o crime antes de ser considerado autor e ter sua prisão requisitada à Justiça.
Em agosto do ano passado, acompanhado de uma equipe de investigadores e com mandado de prisão em mãos, o delegado responsável pelo caso - à época na DIG -, Rafael Diorio, chegou a ir ao agreste pernambucano atrás do suspeito, mas ele não foi localizado.
NOTA DA REDAÇÃO: Por lei, é proibida a publicação pela imprensa de nome e imagem de um suspeito de crime, ainda que identificado pela polícia, o que somente pode ser feito após confirmação da autoria e, consequentemente, a condenação. Por esta razão o Jornal de Jundiaí não pode divulgar tais informações.