Um guarda municipal de Campo Limpo Paulista foi detido por colegas de farda, na madrugada desta terça-feira (11), suspeito de ter furtado 60 metros de grama recém colocados pela Prefeitura da cidade em uma área municipal no bairro Parque Internacional. Após colher os relatos dos guarda suspeito e dos GMs que o detiveram, o delegado Rodrigo Carvalhaes disse ter ficado convencido de que o furto de fato foi cometido pelo guarda municipal. Porém, por falta de materialidade, deixou de fazer a prisão em flatrante e encaminhou o caso à delegacia da cidade para que o agente seja investigado.

De acordo com os GMs, por volta de meia-noite populares ligaram na Corporação informando que uma pessoa utilizando uma caminhonete preta estava furtando grama de uma área pertencente à prefeitura. Como não há câmeras de monitoramento no local, os agentes levantaram imagens das imediações, tendo sido identificada uma caminhonete com as mesmas características, transportando possivelmente grama na carroceria.

Pouco tempo depois, os agentes conseguiram localizar a caminhonete suspeita e fizeram a abordagem, identificando um guarda municipal na condução. Como as imagens não identificavam a placa, eles liberaram o colega num primeiro momento.

Algum tempo depois o sistema de segurança municipal identificou a placa da caminhonete suspeita que, para surpresa dos guardas, era a do veículo particular do GM. Ele então foi solicitado a prestar esclarecimentos na delegacia. Ao delegado Carvalhes, ele negou o furto, alegando que havia ido buscar gramas e plantas frutíferas na casa de um amigo no bairro Pau Arcado, moento em que acabou sendo abordado pelos colegas - não foi possível, por conta do horário, fazer contato com o suposto amigo envolvido pelo suspeito.

Em seu despacho, Carvalhaes informou: "deixo de realizar a prisão em flagrante, pois, embora acredite, no íntimo, que o investigado realmente cometeu o crime de furto, não há, nesse momento, prova da materialidade. Isso porque não me foi fornecido acesso às imagens de segurança captadas pelas câmeras de monitoramento do município, as quais supostamente comprovam que a caminhonete do investigado estaria no local do crime. Além disso, não há testemunhas e própria caminhonete com as gramíneas não foi apresentada em solo policial. Assim, por ora, o que se tem são apenas indícios de que o GM tenha subtraído as gramas pertencentes à prefeitura (fatos que, se comprovados, são revestidos de especial gravidade). Deixo a avaliação quanto à necessidade de expedição de ofício à Corregedoria da Guarda Municipal, a critério da autoridade policial titular".

PREFEITURA

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Campo Limpo, que informou que se pronunciará sobre o caso nesta quarta-feira (12).