De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 775 municípios brasileiros não elegeram nenhuma mulher para o cargo de vereadora nas eleições municipais de 2024. Essa situação representa aproximadamente 14% das cidades do país, embora tenha havido uma redução em comparação a 2020, quando 929 municípios ficaram sem representação feminina nas câmaras locais. Minas Gerais se destacou como o estado com o maior número de vereadoras eleitas, totalizando 1,3 mil mulheres. Em seguida, São Paulo registrou 1,2 mil eleitas. Por outro lado, Roraima apresentou o menor índice, com apenas 40 mulheres ocupando cadeiras. A participação feminina nas Câmaras Municipais aumentou de 16,13% em 2020 para 18,24% em 2024, enquanto nas capitais a proporção subiu de 17% para 21%.
Cuiabá foi a cidade que mais avançou na representatividade feminina, passando de 8% para 30% de vereadoras. Em São Paulo, 36% das cadeiras serão ocupadas por mulheres, com destaque para as candidatas Ana Carolina Oliveira e Amanda Paschoal, que foram as mais votadas na capital. Outras cidades também tiveram mulheres em destaque, como Samantha Iris em Cuiabá, Priscila Costa em Fortaleza e
em Varzea Paulista (SP), Mayara Regina (PSD) com 1872 votos, surpreendeu e foi eleita numa cidade que trazia um tabu na questão em eleger mulher.
Vereadora Mayara (PSD) Varzea Paulista SP.
A diretora do Instituto Alziras, Tauá Pires, ressaltou que, apesar do crescimento no número de vereadoras, a representatividade feminina ainda é considerada baixa. Em São Paulo, 78 cidades continuam sem nenhuma mulher na câmara municipal. Além disso, o percentual de prefeituras lideradas por mulheres aumentou de 12,07% para 13,23% após o primeiro turno, com sete mulheres se preparando para disputar prefeituras de capitais no segundo turno.