Vinte e oito bebês prematuros que foram retirados do Hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza, chegaram ao Egito nesta segunda-feira (20) pela passagem de fronteira de Rafah, informaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o canal estatal egípcio Al Qahera News.
"Hoje, as ambulâncias do Crescente Vermelho palestino transferiram 28 bebês prematuros, que saíram no domingo do Hospital Al-Shifa, procedentes do Hospital dos Emirados em Rafah (Gaza) até a passagem de Rafah [no sul da Faixa de Gaza]", anunciou a OMS em comunicado.
Dezesseis crianças já chegaram ao Hospital El Arish, 45 quilômetros a oeste da passagem de fronteira de Rafah, em ambulâncias do Crescente Vermelho egípcio equipadas com incubadoras, segundo a Al Qahera News.
O hospital não pode receber todos os bebês, informou à AFP uma fonte médica, antes de informar que alguns serão transferidos para Ismailia (a 200 km de distância) ou para a capital, Cairo (a 300 km de distância).
A OMS afirmou que 11 recém-nascidos se encontram em "estado crítico" e todos apresentam "infecções graves". Os bebês não estão acompanhados por suas famílias porque o Ministério da Saúde do Hamas não conseguiu localizá-las.
O canal estatal egípcio Al Qahera News havia anunciado em um primeiro momento a chegada de 29 bebês, antes de retificar o balanço. No total, 31 bebês prematuros foram retirados do Al- Shifa, hospital que a OMS chamou de "zona de guerra". O Egito não esclareceu por que apenas 28 bebês chegaram ao Egito, depois de relatórios iniciais afirmarem que 31 tinham sido transferidos.
Segundo o jornal The Times of Israel, os bebês foram evacuados com assistência israelense depois que as tropas assumiram o controle do hospital no fim de semana. Israel apelou para que fosse feita a evacuação do hospital desde o início da guerra, juntamente com apelos aos residentes do norte de Gaza para que se transferissem para uma zona segura no sul.