Jundiaí registrou mais uma morte causada pela febre maculosa neste ano. Trata-se de um homem, de 48 anos, que contraiu a doença em Jundiaí e teve os primeiros sintomas no dia 29 de setembro, sem reporte sobre circulação em área de mata e ou picada por carrapato. A evolução foi negativa, com óbito registrado no dia 3 de outubro. Com este caso, o município registra três infectados pela doença neste ano. Dos outros dois casos, um foi autóctone, contraído em Jundiaí, que conseguiu se recuperar, já o outro, que contraiu a doença em Campinas, também morreu.
RELEMBRE
Jundiaí teve, entre 2017 e 2020, dois casos positivos por ano. Em 2021 e 2022, um caso foi registrado em cada um dos anos. Neste ano, Jundiaí já tinha dois casos de febre maculosa em residentes, com um óbito. Ambos contraídos em junho. O segundo caso foi autóctone, a confirmação da ocorrência aconteceu na última semana pelo Instituto Adolfo Lutz da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Trata-se de um homem de 42 anos que recebeu atendimento médico em tempo oportuno, não necessitando de internação, e está recuperado. O exame para confirmação do diagnóstico compreendeu duas amostras de sangue, sendo a segunda coletada em agosto.
Já o primeiro caso, do óbito, foi importado de Campinas, onde a vítima contraiu a doença. Trata-se do empresário e piloto jundiaiense Douglas Costa. Ele e a namorada, que morava na Capital, morreram por conta da febre maculosa no dia 8 de junho, quando estiveram em um evento no Distrito de Joaquim Egídio, que fica na zona rural de Campinas. O Instituto Adolfo Lutz confirmou a causa das mortes como febre maculosa poucos dias após a fatalidade. Outras pessoas que frequentaram o mesmo evento em Campinas faleceram na época.
DOENÇA
A febre maculosa não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato-estrela, vetor da bactéria do gênero Rickettsia. Entre os sintomas da doença estão: febre, dor no corpo, dor de cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo. O período de incubação é de 2 a 14 dias.
A orientação é que a pessoa procure atendimento médico imediatamente após o aparecimento de sintomas sugestivos em até 15 dias após ter acessado áreas de risco (de mata, capina, ciliares ou de pasto), independentemente de ter identificado carrapato ou picada no corpo e informe ao médico que esteve nessas áreas. O tratamento oportuno é essencial para evitar formas mais graves da doença e óbitos.