A Polícia Federal de Campinas deflagrou nesta quarta-feira, 20, a Operação Phílantropia, que investiga desvio de dinheiro público em repasse para uma instituição beneficente de Jundiaí (a 39 km de Campinas).
Segundo a PF, pesa contra os investigados a suspeita de usar empresas de fachada para obter recursos do município, de convênios federais e de emendas parlamentares sob justificativa de realizar ações sociais. Parte do dinheiro, no entanto, ia parar no bolso dos investigados. Estima-se que ao menos R$ 800 mil tenham sido desviados.
Os agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, dos quais três em Jundiaí e um na capital. Adicionalmente, a Justiça bloqueou bens dos investigados, quatro pessoas físicas e duas empresas.
“Tais empresas, inexistentes de fato, teriam sido utilizadas para simular a prestação de serviço à instituição beneficente, recebendo por isso consideráveis pagamentos. Esses serviços, no entanto, nunca foram prestados, e os recursos foram captados pela própria gestora da instituição”, explica a PF em nota.
Se confirmado o esquema de desvio de dinheiro, os investigados podem assumir penas de 12 anos de cadeia pelo crime de peculato.
Uma instituição beneficente de Jundiaí foi alvo nesta quarta-feira (20), da Operação Philanthropía, da Polícia Federal, com objetivo de aprofundar investigação de possível desvio de recursos públicos repassados por meio de convênios. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Jundiaí, sendo quatro em Jundiaí e um em São Paulo.
Um resultado parcial das investigações - iniciadas em março de 2023 -, foi divulgado pela PF e mostra que entre 2021 e inicio de 2023, foram desviados aproximadamente R$ 800 mil. O nome da instituição não foi divulgado pela polícia para não atrapalhar as investigações.
A pena prevista para o crime investigado (peculato) pode chegar a 12 anos de prisão.
PRISÕES
Em coletiva de imprensa concedida em Campinas, a PF explicou que não ocorreram prisões neste primeiro momento. "O objetivo de não identificar os investigados é em cumprimento de norma constitucional, de direito à privacidade, uma vez que são pessoas investigadas e não condenadas. Mas o segundo aspecto, e principal, é que a instituição realmente funciona e a PF quer retirar a gestão fraudulenta que está ocorrendo, de forma que possa funcionar para quem a busca. Não há nada contra a instituição, ela já existia e acredito que continuará existindo desde que a gente possa limpar a contabilidade e analisar as provas e fazer com que os responsáveis respondam criminalmente". E segue: "A prisão agora reduz o tempo da PF para concluir a investigação, em 15 dias, tempo insuficiente para fazermos a analise documental e contábil de dois anos, de uma instituição que inclusive recebeu verba púbica. Essa é a principal razão para não pedirmos a prisão".
O caso segue sendo investigado e poderá ter desdobramentos nos próximos 30 dias.
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