Uma mulher de 34 anos procurou a Polícia Civil no início da tarde desta terça-feira (14) para denunciar um segurança do Hospital São Vicente (HSV), por agressão, ocorrida por volta das 22h30 de ontem (segunda-feira - 13). Segundo a vítima, ao se recusar a ser transferida do setor de emergência para a ala de psiquiatria, ela recebeu uma rasteira do segurança, que ajoelhou sobre seu pescoço, enquanto um enfermeiro (que não foi qualificado no Boletim de Ocorrência, como investigado), ajoelhou sobre seu braço.
Em conversa com o Jornal de Jundiaí, ela contou que tentava gritar socorro, mas não conseguia, porque estava sendo asfixiada e sentia muita dor.
Ao final do registro da ocorrência, feito no 1º DP, na avenida 9 de Julho, ela recebeu encaminhamento para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Por meio de nota, o HSV informou que apoia a investigação, para que o caso seja esclarecido (leia ao final da matéria).
Ainda segundo seu relato, após algum tempo aguardando para ser atendida, um enfermeiro a informou que ela seria levada para a ala psiquiátrica. “Eu me recusei a ir, pois já estive lá e fui atacada por um paciente. Fiquei com medo de voltar lá”, afirmou ela.
Nesse momento o enfermeiro me puxou pelo braço, com força, e o segurança entrou na sala, me dando uma rasteira, repentinamente. “Comigo no chão, ele ajoelhou no meu pescoço e o enfermeiro ajoelhou no meu braço. Foi então que o segurança arrancou minha jaqueta à força, o que acredito que tenha sido justamente por eu fazer parte de uma torcida organizada, rival da torcida organizada (do Corinthians) da qual ele faz parte. Sei quem é ele, mas não sei o nome. Ele inclusive virou o crachá para que eu não o identificasse e pegou meu celular”, comentou.
Também foi nesta hora, de acordo com seu depoimento à Polícia, que o enfermeiro lhe disse: “da próxima vez, vê se você morre”, fazendo referência à sua tentativa de suicídio.
A vítima contou ao JJ que, após isso, foi amarrada na maca, com a utilização de lençóis, e levada forçosamente à ala psiquiátrica, onde ficou internada até o meio-dia desta terça-feira.
Enquanto conversava com a reportagem, ela mostrou algumas marcas pelo corpo, principalmente no pescoço, que estava avermelhado e aparentemente inchado. “Isso não pode ficar assim, esse não pode ser o tratamento correto para um paciente. Eu fui asfixiada, achei que ele fosse me matar, enquanto outros funcionários, ao redor, estavam dando risada. Acredito que naquela ala em que eu estava (emergência) tenha câmeras de monitoramento e tudo esteja gravado”.
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