Comerciantes do Centro de Jundiaí estão sendo vítimas de ameaças violentas e tentativas de golpe, por criminosos que telefonam no estabelecimento exigindo que os funcionários entreguem o dinheiro do caixa o ou dos cofres, a bandidos que estão esperando ao lado de fora, em um carro. Aconteceu neste fim de semana, em uma loja na rua do Rosário e, recentemente, comerciantes do bairro Santa Gertrudes também foram alvos dessas gangues de estelionatários. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) está investigando e já confirmou que os bandidos estão, de fato, atentando contra o comércio central.

De acordo com a vítima do Centro, a loja recebeu uma ligação no período da manhã, já perto da hora do almoço, de um bandido que falou com uma funcionária. O homem estava procurando pelo dono ou gerente da loja e quem atendeu foi uma vendedora. Em tom ameaçador, ele disse a ela: "pegue todos os malotes de dinheiro e leve até o carro aqui na frente da loja e não fale para ninguém".

Mesmo diante da ordem, a vendedora colocou o telefone no mudo e depois desligou. "Acionamos a guarda municipal e ficamos em alerta", disse a proprietária.

Por volta das 15h o mesmo criminoso telefonou novamente e outra vendedora o atendeu. Mais agressivo, ela novamente pediu para falar com o gerente ou proprietário da loja, mas a vendedora disse que ela mesmo poderia atendê-lo. Foi então que ele a ofendeu com alguns palavrões, alegando que estava vendo ela ao lado do caixa (onde ela de fato estava atendendo o telefone), e disse que iria atirar na cabeça dela. A vendedora desligou em seguida. "Depois soubemos que mais duas lojas próximas também receberam as ligações. Por isso queremos divulgar para servir de alerta para outros estabelecimentos", comentou a dona da loja.

A reportagem apurou que as tentativas de golpe já ocorreram em lojas de suplementos alimentares, óticas, lojas de roupa e sapatos, entre outras, a maioria com condições em que o criminoso, ao lado de fora, consegue ter visão de quem está atendendo o telefone.

Os casos estão sendo registrados no 1º DP e, posteriormente, encaminhados para investigação da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí. O delegado-assistente da delegacia especializada, Roberto Souza de Camargo, confirmou a onda de casos. "Sim, existem alguns casos que ocorreram e nós estamos investigando", comentou ele, sem dizer se algum golpe foi consumado.