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Casos de sífilis aumentam 46% em Jundiaí

A transmissão é mais comum em relações sexuais sem proteção, mas pode acontecer mesmo com preservativo e de outras maneiras

Publicada em 03/08/23 às 00:13h - 2758 visualizações

por TV & RÁDIO REGIONAL


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Em Jundiaí, tanto para sífilis quando para AIDS, há testagem, feita no CTA, de segunda a sexta  (Foto: TV & RÁDIO REGIONAL)

Comparando o primeiro semestre deste ano com o mesmo período do ano passado, Jundiaí teve aumento de 46% nos casos de sífilis. De acordo com a Vigilância Epidemiológica (VE) do município, no ano de 2023, no primeiro semestre, foram registrados 98 casos positivos para sífilis. No mesmo período do ano passado, foram 67, e entre janeiro e junho de 2021, 75 registros.

De acordo com as avaliações da VE de Jundiaí, a grande maioria dos casos de sífilis está concentrada na faixa etária de 20 a 40 anos. A campanha sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), no município, é permanente ao longo do ano, com oferta de testes em toda a rede de saúde e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, na rua Conde de Monsanto, 480.

A DOENÇA

Infectologista do Hospital São Vicente, Marco Aurélio Cunha de Freitas diz que a sífilis não é necessariamente transmitida pelo sexo, mas é a forma mais comum de infecção. "A sífilis é uma doença bacteriana transmitida pelo contato e muito relacionada ao sexo. Forma uma úlcera, principalmente na região genital, onde costuma acontecer a transmissão, mas às vezes pode acontecer a úlcera intravaginal em mulheres ou dentro do canal anal, e aí a gente não enxerga, mas geralmente a transmissão acontece pelo sexo. A principal prevenção é o preservativo, mas pode ocorrer transmissão mesmo com o uso de preservativo, se ele não cobrir totalmente a lesão", alerta.

A sífilis tem tratamento e ele é feito com uma dose alta de antibiótico. "O tratamento acontece com penicilina benzatina, a Benzetacil, com uma dose maior que a usual. E o tempo de tratamento vai depender do estágio da doença, são três estágios. Se é primária, quando é possível ver as lesões, secundária, quando a lesão de pele está pior e pode ser confundida com uma alergia, e neste caso se aumenta o tratamento", conta.

O médico também alerta que a sífilis não costuma se parecer com uma alergia de depilação íntima, por exemplo, pelo tipo de lesão que causa. "Os sintomas precisam ser checados, a sífilis é diferente de uma alergia. Quando se depila com lâmina, por exemplo, a lesão é pustulosa no folículo do pelo. Já a sífilis é uma úlcera, são lesões diferentes e precisa procurar um médico. Neste caso, também precisa tratar todos os parceiros que a pessoa teve."

AUMENTO

A tendência de aumento dos casos de sífilis vem acontecendo em todo o Brasil e em Jundiaí não é diferente. Dados do Ministério da Saúde indicam que na cidade foram 33 casos em 2011, 59 em 2012, 55 em 2013, 57 em 2014, 90 em 2015, 91 em 2016, 95 em 2017, 73 em 2018, 95 em 2019, 85 em 2020 e 155 em 2021.

No Brasil, foram 18.243 em 2011, 27.951 em 2012, 39.339 em 2013, 50.607 em 2014, 69.521 em 2015, 91.506 em 2016, 122.852 em 2017, 159.734 em 2018, 163.523 em 2019, 125.143 em 2020 e 167.523 em 2021. Com relação à proporção, os homens representam 60,7% do total de casos, contra 39,3% de mulheres.

Visando os jovens, o Estado de São Paulo, tem o programa "Juntos na Prevenção", uma parceria das Secretarias de Saúde e de Educação, para a conscientização sobre sífilis e outras ISTs nas escolas e na comunidade. As ações incluem o acesso a informações sobre sexo seguro, autocuidado em relação à sexualidade e saúde, além da ampliação do acesso a serviços de prevenção, testagem e diagnóstico precoce.




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