Embora o órgão transplantado tenha aparentemente funcionado a princípio, o paciente começou a mostrar sinais de rejeição nos últimos dias, assinalou a Universidade de Maryland. Em janeiro de 2022, essa mesma instituição havia realizado o primeiro transplante do mundo de um coração de porco modificado geneticamente para um ser humano.
O procedimento trouxe grandes esperanças, pois os xenotransplantes — de animal para humano — poderiam remediar a escassez de doações de órgãos. Atualmente, mais de 100 mil americanos estão na lista de espera por um transplante.
Os transplantes de animais para humanos representam um verdadeiro desafio, pois o sistema imunológico do receptor tende a atacar o órgão estranho. Para reduzir esse risco, os órgãos de porco são modificados geneticamente.
Para muitas pessoas, os porcos são os doadores ideais pelo tamanho de seus órgãos, crescimento rápido e grandes ninhadas. Recentemente, também foram realizados transplantes de rins de porcos modificados geneticamente em pacientes com morte cerebral.
Em setembro, o Instituto de Transplantes do Hospital Langone, da Universidade de Nova York, anunciou que um rim de porco transplantado em um paciente com morte cerebral funcionou pelo tempo recorde de 61 dias.