O Exército anunciou que eliminou “uma célula terrorista armada com lança-foguetes” durante os combates em Rafah. “Muitos terroristas” também foram eliminados no centro do território, acrescentou. Os bombardeios israelenses mataram 92 palestinos no sábado no campo de deslocados de Al Mawasi, perto de Khan Yunis, no sul de Gaza, segundo o Hamas. Há alguns meses, Israel havia declarado o setor uma “zona humanitária”, onde os deslocados poderiam encontrar refúgio.
Israel afirmou que o ataque teve como alvos dois dirigentes do Hamas: Mohamed Deif, comandante militar do grupo, e Rafa Salama, comandante do grupo em Khan Yunis. Ambos foram apresentados como “dois cérebros do massacre de 7 de outubro” que desencadeou a guerra. O Exército anunciou que Salama morreu no bombardeio. Deif está vivo, segundo uma fonte do Hamas. A guerra começou quando comandos islamistas mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados israelenses. O Exército de Israel calcula que 116 pessoas permanecem em cativeiro em Gaza, 42 das quais teriam morrido. Em resposta, Israel prometeu aniquilar o Hamas e iniciou uma ofensiva que já matou 38.584 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.Após meses de negociações infrutíferas, o grupo islamista anunciou no domingo que abandonou as conversações de trégua, lideradas por Catar, Egito e Estados Unidos.
O movimento, no entanto, “está disposto a retomar as negociações” quando Israel “demonstrar seriedade para concluir um acordo de cessar-fogo” e para a libertação dos reféns em Gaza em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel, informou uma fonte do Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reitera frequentemente que continuará a guerra até destruir o grupo islamista e conseguir a libertação de todos os reféns.
Nesta segunda-feira (15), o chanceler britânico, David Lammy, voltou a pedir um “cessar-fogo” durante sua primeira viagem ao Oriente Médio desde sua nomeação após as eleições britânicas de 4 de julho.
“Espero de cheguemos logo a um cessar-fogo e que possamos mitigar o sofrimento e as intoleráveis perdas de vidas humanas que estamos vendo atualmente em Gaza”, declarou Lammy à imprensa, na presença do presidente israelense, Isaac Herzog.
*Com informações da AFP