Autoridades do Egito anunciaram, no último domingo (26), que mais de 2.000 cabeças de carneiro mumificadas da dinastia ptolomaica foram descobertas no Templo de Ramsés 2º, em Abydos, no sul do país.
Múmias de ovelhas, cães, cabras, vacas e gazelas também foram exumadas por uma equipe de arqueólogos da Universidade de Nova York no local, famoso por seus templos e necrópoles, disse o Ministério de Antiguidades e Turismo.
Segundo o diretor do Conselho Supremo de Antiguidades, Mostafa Waziri, estas descobertas permitirão conhecer melhor o templo de Ramsés 2º e as atividades que decorreram entre a construção dele — durante a 6ª dinastia do Antigo Império (entre 2.374 e 2.140 a.C.) — e o período ptolomaico (323 a 30 a.C.).
Para o professor Sameh Iskandar, chefe da missão americana, estas cabeças de carneiro são "oferendas", que indicam "um culto a Ramsés 2º" celebrado séculos após a morte dele.
Além dos restos de animais mumificados, a equipe descobriu vestígios de um palácio com paredes de cerca de cinco metros de espessura, datado da 6ª dinastia, bem como várias estátuas, papiros, restos de árvores centenárias, roupas e sapatos de couro.
O local de Abydos, 550 km ao sul do Cairo, é conhecido por seus templos, em particular o de Seti 1º e as necrópoles dele.
As autoridades egípcias estão divulgando regularmente descobertas arqueológicas nos últimos tempos, qualificadas por alguns especialistas como efeitos de anúncio que têm um alcance político e econômico e não científico.