A pré-candidata Patricia Bullrich, do Juntos pela Mudança, demorou 12 minutos para votar. “Tive que votar cerca de sete vezes. Mudaram minha máquina porque não funcionou e tive que fazer de novo em uma nova máquina”, disse a ex-ministra de Segurança. “A votação presidencial foi absolutamente tranquila, como sempre, mas a máquina falhou comigo. Eu votava em uma lista e acabava com outra lista na qual não queria votar. A máquina também não imprimiu. Obviamente, viram o meu voto porque não havia outra forma. Parece-me que os sistemas eleitorais têm de ter maturidade, têm de ser testados, trabalhados para ver se funcionam”, acrescentou. Ela é favorita na disputa interna de sua chapa, de centro-direita, contra Horacio Larreta, atual chefe de governo de Buenos Aires.
No governista União pela Pátria, Sergio Massa, ministro da Economia do governo de Alberto Fernández, ganhou de última hora a concorrência do líder sindical Juan Grabois. Massa é o favorito, apesar dos altos índices de inflação e de pobreza no país. Aliado de Cristina Kirchner, Grabois chegou a se opor à atual gestão em alguns momentos. “Tenho 40 anos de democracia. Meu desejo é que cuidemos disso. Que seja real, com plenos direitos. Espero que este processo eleitoral seja para uma Argentina mais humana”, declarou o sindicalista, após dar seu voto. Já o ministro declarou que espera que “os argentinos votem pensando em seu país e no que queremos ser”.
Já o ousider Javier Milei, da chapa A Liberdade Avança, espera conseguir votação que o qualifique para a disputa de outubro. Identificado como libertário e com ideias anarco capitalistas, Milei é chamado no país de Bolsonaro argentino e, inclusive, recebeu apoio do ex-presidente brasileiro. Recepcionado por seus apoiadores ao votar na Universidade Tecnológica Nacional, Milei reclamou do sistema misto de votação (com urnas eletrônicas e cédulas de papel). “O que acontece quando você improvisa?”, questionou.
Se fosse no Brasil Alexandre de Moraes ja teria mandado prender Javier Milei e outros por reclamarem do sistema eleitoral, visto que no Brasil falar da urna eletronica, só se for para elogiar, se questionar ou colocar em duvida o reclamante pode ser cancelado ou até preso.