Moradores da Califórnia, que enfrentam enchentes e alagamentos em razão do furacão Hilary, tiveram que lidar também com um terremoto de magnitude 5,1, que atingiu o estado americano. O epicentro do fenômeno se deu no noroeste de Los Angeles. A hashtag #hurriquake — mistrura das palavras "hurricane" (furacão) e "earthquake" (terremoto) — logo se tornou tendência nas redes sociais.
Segundo a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, não houve relatos iniciais de danos estruturais causados pelo terremoto nem de pessoas feridas. Ela acrescentou que mais de cem quartéis de bombeiros estão trabalhando para verificar possíveis danos nos edifícios.
Dois tremores secundários ocorreram na sequência, de magnitude 3,1 e 3,6, respectivamente. Em entrevista à BBC Internacional, a sismóloga Lucy Jones afirmou que mais tremores secundários podem acontecer nos próximos dias.
Regan Morris, uma repórter da BBC, relatou que estava passeando com seu cachorro quando o sistema de alerta de emergência de seu telefone disparou. Um de seus vizinhos saiu correndo de casa em pânico, dizendo que não sabia aonde ir. Ela acrescentou que pôde ouvir outras pessoas gritando de dentro de sua residência.
Comparado a terremotos anteriores ocorridos na Califórnia, o tremor de terra desta segunda-feira foi relativamente moderado. Em 1994, um terremoto de magnitude 6,7 que atingiu um bairro do norte de Los Angeles liberou 125 vezes mais energia. Por outro lado, o estado americano enfrenta níveis recordes de chuva causados pelo furacão Hilary.
O Serviço Nacional de Furacões informou que é possível esperar, nos próximos dias, inundações catastróficas e deslizamentos de terra que ameaçam a vida da população da Califórnia. A tempestade causou fortes chuvas em áreas que geralmente são desérticas e áridas. Especialistas disseram que essas áreas seriam mais suscetíveis a inundações repentinas, pois o solo lutaria para absorver a água.