A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul revelou nesta terça-feira (8) que o médico Gabriel Paschoal Rossi, encontrado morto na cidade de Dourados, fazia parte de uma quadrilha de estelionatários. Segundo as investigações, uma integrante do próprio grupo teria assassinado o homem de 29 anos.
O delegado Erasmo Cubas, responsável pelo caso, afirmou que Gabriel começou a praticar crimes de estelionato após conhecer uma mulher que já realizava tais atos. A função do médico na quadrilha era justamente enviar dados de pacientes — vivos e mortos — para que o grupo desse andamento às fraudes.
A boa relação entre Gabriel e a mulher acabou após o médico começar a cobrar uma dívida de cerca de R$ 500 mil. As autoridades não sabem dizer se esse dinheiro tem alguma ligação com os crimes de estelionato cometidos por ambos.
Após se sentir acuada com as ameaças de Gabriel, a mulher contratou três homens para assassinar o médico em uma casa alugada na cidade de Dourados. Neste local, o jovem de 29 anos foi torturado, amarrado e morto.
Segundo o laudo do IML, Gabriel foi vítima de asfixia, mas essa não seria a causa da morte. O corpo do médico foi encontrado seis dias depois de ter sido dado como desaparecido, já em avançado estado de decomposição.
De acordo com o delegado Cubas, o grupo responderá por homicídio qualificado por conta de tortura e emboscada. Os quatro suspeitos do crime aguardam transferência para presídios do estado.
Com colaboração de Matheus Almeida