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Política

Arthur Lira chama Alexandre Padilha de ‘desafeto pessoal’ e ‘incompetente’

Presidente da Câmara criticou o ministro das Relações Institucionais após ser questionado se teria se enfraquecido com a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão nesta quarta pelo plenário da Casa

Publicada em 12/04/24 às 03:46h - 1315 visualizações

por TV & RÁDIO REGIONAL


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 (Foto: TV & RÁDIO REGIONAL)
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é um “desafeto pessoal” e “incompetente”, durante uma coletiva de imprensa em Londrina (PR) nesta quinta-feira (11). O presidente da Câmara foi questionado sobre notícias de que ele teria se enfraquecido com a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão nesta quarta-feira (10) pelo plenário da Casa. Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. “(A notícia) foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto além de pessoal, incompetente”, declarou Lira. “Não existe partidarização, eu deixei bem claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver, não teve um partido que fechasse questão, os partidos liberaram, na sua maioria (as bancadas para que votassem como quisessem)”, completou. Lira disse que as acusações de Padilha são infundadas e não afetam sua liderança na Câmara. “É lamentável que integrantes do governo interessados na estabilidade da relação harmônica entre os Poderes fiquem plantando essas mentiras, essas notícias falsas que incomodam o Parlamento. E, depois, quando o Parlamento reage, acham ruim”, afirmou.
A votação na Câmara desta quarta-feira (10) para manter Chiquinho Brazão preso foi apertada, com 277 votos a favor e 129 contra, além de 28 abstenções. Eram necessários 257 votos para aprovar o parecer do relator, Darci de Matos (PSD-SC), que havia recomendado a manutenção da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Integrantes de partidos como União Brasil, PL, Republicanos e PP tentaram esvaziar a sessão para evitar a manutenção da prisão. O embate entre o Judiciário e apoiadores de Bolsonaro também influenciou os debates. Antes de chegar ao plenário, o caso de Brazão foi discutido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com 39 votos a favor da prisão e 25 pela soltura. O deputado também teve um processo de cassação aberto pela Comissão de Ética da Casa. A pressão por uma PEC para blindar parlamentares de investigações policiais também foi tema de discussão durante o processo.
Na coletiva de imprensa, Lira argumentou que o placar apertado mostrou incômodo da Câmara com o Judiciário. “Eu penso que pela vultosa votação, só foram 20 votos acima do mínimo, a Câmara deixou claro que está incomodada com algumas interferências do Judiciário no seu funcionamento, sem nenhum tipo de proteção a criminosos”, disse. Brazão foi detido preventivamente por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e a decisão foi confirmada pela Segunda Turma da Corte. A Câmara, contudo, tinha a prerrogativa de decidir se mantinha ou não a prisão.

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