A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), desencadearam operação nesta terça-feira (30), para cumprir 30 mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, contra uma quadrilha especializada em roubos de caminhão e de carga, atuante nas rodovias que cortam justamente esta região.
Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Campo Limpo Paulista. Dos 30, 20 foram de prisão, sendo que dez deles foram cumpridos já dentro do sistema penitenciário, contra suspeitos que já haviam sido presos por forças policiais, desde março deste ano, quando começaram as investigações para desarticular esta quadrilha. Já os investigados que estavam soltos foram levados para a Delegacia da PF em Campinas e responderão pelos crimes de associação criminosa, roubo e receptação, com penas que podem passar dos 20 anos de reclusão.
Os outros dez mandados foram de busca e apreensão, cumpridos em endereços nessas três cidades, onde foram apreendidos celulares e itens que vão ajudar a identificar os integrantes em ação.
Desde março, quando começaram a processar informações sobre este bando e então investigá-lo, PF e Gaeco já atribuíram à quadrilha, com provas, pelo menos nove roubos. Existem, porém, muitos outros, ainda em investigação, e já com indícios de que podem ter sido cometidos pelos mesmos quadrilheiros. Com as provas já colhidas e com o material colhido nesta data, além de outras informações contidas nos autos do inquérito policial, espera-se elucidar dezenas de outros crimes relacionados ao grupo criminoso, demonstrando a amplitude da área regional de atuação dos criminosos.
OPERAÇÃO CATERVA
Batizada de “Operação Caterva”, o nome faz alusão ao grupo de desordeiros, pessoas de mau comportamento. Esta é a terceira operação voltada a repressão a esse tipo de crime em menos de 75 dias e a quarta desde o início dos trabalhos do grupo especializado da PF no assunto.
Além disso, as investigações do grupo também já prenderam 124 pessoas ligadas a roubos de carga e caminhões e recuperação de bens que ultrapassam R$ 6,5 milhões, entre caminhões, carretas e maquinários.