De acordo com a corporação, recrutadores e recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo. Juntas, as penas podem chegar a 15 anos e seis meses de reclusão.
"Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação", ressaltou a PF.
Segundo fontes consultadas pela reportagem, o grupo planejava promover atentados contra prédios da comunidade judaica. A embaixada de Israel em Brasília seria um dos alvos de terroristas ligados ao Hezbollah.
Outros dois homens brasileiros são monitorados pela corporação no Líbano. A Polícia Federal inseriu no sistema de difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) os mandados de prisão contra eles. Com o movimento, caso haja uma tentativa de entrada em qualquer país integrante da Interpol, eles poderão ser presos.
O Hezbollah é considerado um grupo terrorista por países como Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha. Fundado no início da década de 1980, atua em diversos países do Oriente Médio, entre eles o Líbano, e a maior fatia de apoio militar e financeiro é iraniana.
Segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, em 2020 o Hezbollah havia se tornado o ator não estatal mais fortemente armado do mundo, com pelo menos 130 mil foguetes e mísseis.