A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou o comandante da PM na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, depois que uma menina e um adolescente morreram baleados na manhã deste sábado (12). Moradores culpam a Polícia Militar pelas mortes, já que os agentes faziam uma operação na região.
Protestos são realizados desde a manhã — foram feitas barricadas e um ônibus foi incendiado.
A Polícia Militar afirma que um jovem de 17 anos atirou contra agentes após uma abordagem na avenida Paranapuã, próximo a uma comunidade. Os policiais revidaram e mataram o suspeito.
Já a menina Eloah Passos foi baleada dentro de casa, no interior da comunidade, onde não havia a presença de PMs, segundo a corporação. De acordo com familiares, a menina estava brincando quando foi atingida, e policiais estariam passando pela via no momento.
A garota foi levada ao Hospital Evandro Freire, mas não resistiu aos ferimentos.
Apesar de a PM afirmar que não havia operação nas proximidades da casa da menina, a corporação decidiu afastar o comandante, alegando que o objetivo é dar transparência às investigações. A Secretaria de Estado da Polícia Militar instaurou um procedimento apuratório para averiguar a conjuntura das ações. As imagens das câmeras corporais dos policiais serão disponibilizadas para auxiliar nas investigações, segundo a secretaria.
A pasta informou que uma equipe do 17º batalhão da PM tentou abordar uma dupla que estava em uma motocicleta, já que um dos suspeitos portava uma pistola. O indivíduo, identificado como Wendel Eduardo, de 17 anos, teria disparado contra os policiais, que reagiram.
O condutor da motocicleta foi levado ao 37º DP (Distrito Policial) para prestar esclarecimentos.
A família de Wendel contesta a versão dos policiais, afirmando que o jovem não teria ligação com o crime organizado.