“As desestatizações e estudos para concessões não vão parar. Não adianta fazer greve com esse mote de ‘não concordo com a privatização’, nós vamos continuar estudando, continuar tocando, porque nós dissemos que faríamos isso. A operação da Sabesp vai acontecer ano que vem, pode ter certeza disso e vai ser um grande sucesso, é o que vai garantir para o Estado de São Paulo a universalização do serviço de saneamento, aumento da disponibilidade hídrica, alcance das pessoas em áreas rurais e áreas irregulares consolidadas e a despoluição do [Rio] Tietê”, declarou.
O governador ainda destacou que funcionários do Metrô teriam descumprido a decisão judicial a respeito da greve. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o funcionamento mínimo de 85% do contingente de trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô, nos horários de pico. A determinação vale para os períodos das 4h às 10h e 16h às 21h na CPTM e 6h às 9h e das 16h às 18h no Metrô. “Não podemos tolerar desrespeito, indisciplina”, disse. De acordo com o mandatário, a operação da Sabesp está normal, com “praticamente nenhuma alteração”. “A CPTM segue com a operação quase normal, então praticamente todos os servidores que foram escalados para comparecer ao trabalho compareceram (…) O grande problema e a maior restrição é de fato o Metrô, onde a gente teve a maior adesão à greve e maior desrespeito à decisão da Justiça”, afirmou Tarcísio.
No caso de descumprimento, multas diárias previstas de R$ 600 mil para os sindicatos dos ferroviários e R$ 700 mil para o sindicato dos metroviários poderão ser aplicadas. Para a Sabesp, o contingente mínimo referente a serviços essenciais definido pela Justiça é de 80%, sob pena de multa de R$ 100 mil. “Tem uma turma que não quer o debate, quer impor a vontade, desgastar o governo e desgastar o programa. No que tentam atingir o governo, atingem em cheio o cidadão. O cidadão que fica sem o serviço de transporte, que fica sem o metrô, sem o transporte de massa”, criticou o governador que também afirmou que os sindicatos “foram capturados por partidos” e voltou a afirmar não há “conciliação possível” com o governo para frear os projetos de privatização. Confira a fala de Tarcísio no vídeo abaixo.
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