O cantor Josley Caio Faria, conhecido como MC Dede, foi preso em uma operação da Polícia Civil na rua Edson Danillo Dotto, no Conjunto Habitacional Santa Etelvina 2, na zona leste de São Paulo, nesta quinta-feira (3).
O funkeiro, que tem 2,8 milhões de seguidores nas redes sociais, foi detido por tráfico de drogas e associação ao tráfico e passou por audiência de custódia no Fórum da Barra Funda, nesta sexta-feira (4).
A ação, denominada Operação Luck Street, foi realizada por equipes do Cerco (Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado), da 8° Delegacia Seccional, para cumprir três mandados de busca e apreensão.
Durante a operação, uma das equipes flagrou sete homens, que correram ao perceber a presença policial, retornaram para o prédio e entraram em um dos apartamentos.
Os oficiais os perseguiram, contudo, não os localizaram e foram cumprir um dos mandados, no apartamento 31-A. Ao entrarem na residência, eles encontraram sete rapazes, incluindo MC Dede, que fingiam estar dormindo.
Em diligências na casa, foram encontradas duas sacolas com 26 porções de lança-perfume, 88 porções de maconha, seis porções de cocaína, 13 porções de MD, 18 seringas com um líquido retirado da maconha e anotações do tráfico.
Com o cantor, foram encontrados um celular e a chave de um Ford Focus, de cor branca, que estava estacionado com os vidros abertos na frente do condomínio. O veículo foi vistoriado e foram achados outro telefone e uma carteira.
Segundo o advogado de defesa do artista, ele foi a uma festa organizada pela MC Melody e, antes de retornar para casa, passou em um condomínio no bairro Cidade Tiradentes, pois já morou na região.
Ainda de acordo com o advogado, enquanto Dede conversava com alguns conhecidos, a Polícia Civil foi cumprir os mandados no imóvel.
Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e foi encaminhado ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros.
O advogado e a produtora Love Funk, que administra a carreira do cantor, reiteram que o rapaz não tem relação com nenhum crime e que ele está colaborando com as investigações para provar sua inocência.
O advogado do artista afirmou ainda que o delegado está analisando as conversas do telefone do cantor, para verificar se ele tem envolvimento mais profundo com os demais detidos.
Além de MC Dede, outros sete suspeitos foram presos durante a operação. Durante a ação, os agentes foram informados por moradores de que, próximo à entrada do condomínio, havia uma cabana e uma cadeira, onde ficavam os responsáveis pela venda de entorpecentes, que também controlam a entrada e a saída das pessoas.
No local, foi encontrado um homem, chamado David de Lima Conceição, que confessou o trabalho para o tráfico. E foram localizadas diversas drogas e um revólver, calibre 38, com a numeração raspada.
Na residência onde o cantor foi encontrado, também foram detidos Guilherme Matheus de Santana Pereira, Victor de Moura Araújo, Victor Andreozzi Gomes da Silva, Guilherme Matias Chave, Alex dos Santos Ferreira e André Luiz Santos Ferreira. Os dois últimos são irmãos.
No momento da prisão, Victor de Moura se apresentou como Alex Bruno de Moura Araújo, contudo, após o exame das impressões digitais, foi constatada a sua verdadeira identidade e descobriu-se que ele era procurado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Guilherme Matheus também era foragido da Justiça por falta de pagamento de pensão alimentícia.
David de Lima e Alex dos Santos já têm passagem pela polícia, o primeiro por roubo e tráfico de drogas, e o outro também por venda de entorpecentes.
Segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), todos os detidos tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva.