Hoje, segundo as "pesquisas", o principal cotado para o comando da Prefeitura de São Paulo é o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), considerado o nome da esquerda para a disputa na cidade de São Paulo. O acordo da aliança PT-PSOL vem sendo costurado desde o ano passado, durante as eleições presidenciais. Na época, em troca do apoio integral à candidatura de Lula ao Palácio do Planalto, o partido de Boulos acordou que ele seria o candidato de Lula para o comando de São Paulo.
Boulos, por sua vez, afirmou que só tomou conhecimento da ação por meio de reportagens publicadas em 2018, quando era candidato à Presidência da República. Em Habeas Corpus impetrado no TJ-SP, a defesa alegou haver erros na citação por edital e que não foram esgotados os meios para localização do réu.
Por maioria de votos, a ordem foi concedida. O relator, desembargador José Vitor Teixeira de Freitas, destacou que é por meio do ato citatório que o acusado é chamado a integrar a relação processual, tendo a oportunidade de usufruir de todas as garantias previstas na Constituição Federal para exercer o seu direito de defesa.
Em 2020, o psolista chegou ao segundo turno das eleições municipais contra o então prefeito Bruno Covas (PSDB), conquistando 2.168.109 votos (40,62%).
Atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) aparece como segundo colocado entre os eleitores paulistanos, com 17,8% das intenções de votos. Eleito para vice-prefeito nas eleições de 2020, o emedebista assumiu efetivamente o comando da prefeitura após a morte de Bruno Covas, em maio de 2021. Antes disso, ele foi vereador por dois mandatos consecutivos, de 2013 a 2021, tendo como destaque ter se posicionado ativamente contra a chamada ideologia de gênero. Para as eleições do ano que vem, Nunes articula o apoio do PL — e do ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente — como principal cartada para derrotar Boulos. Em entrevista à a imprensa, o prefeito disse esperar manter os apoios de 2020 se opor ao deputado federal, mas destacou: “Nunca pedi apoio a Tarcísio e Bolsonaro”. “Procuro conquistar a confiança deles para que a gente possa manter e ter uma grande aliança no ano que vem. Minha ação tem sido essa. E tem sido também com o Ciro Nogueira do PP, com a Renata [Abreu], do Podemos, o Kassab, do PSD, com o nosso querido Eduardo [Leite], do PSDB”, pontuou, avaliando como precoce a aliança PT-PSOL.
Outro pré-candidato já confirmado para o pleito de 2024 em São Paulo é o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil). Líder do MBL (Movimento Brasil Líder), o político venceu as prévias internas do União após receber pouco mais de 56% dos votos, derrotando o deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP), que teve 43,9% de apoio entre os membros. Em participação no programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan News, o deputado disse se ver como melhor opção da direita para a prefeitura. “Sou pré-candidato para dizer o seguinte: ‘Você quer ser bandido? Muito bem, você vai ser bandido fora da cidade de São Paulo. Dentro da cidade, você não vai ser’. Aqui, não vamos manter esse orçamento pífio de 2% para segurança pública, que é igual o da Câmara dos Vereadores. Isso é um completo absurdo”, finalizou.
Outro nome que desponta para a Prefeitura de São Paulo é o da também deputada federal Tabata Amaral. Embora atualmente seja filiada ao PSB, a parlamentar é um dos nomes cogitados pelo presidente nacional do PSDB, Eduardo Leite (PSDB-RS), para representar a legenda tucana no próximo pleito. Em entrevista, o governador gaúcho classificou a deputada como uma pessoa “verdadeiramente interessada em fazer uma política diferente”, mas ponderou que o convite ao PSDB dependeria de uma construção com o diretório municipal. “Vejo ela com verdadeiro interesse sobre os temas do município, (mas) não avançamos em conversa nenhuma nessa direção. Ela tem tempo de demonstrar essa capacidade de agregar pessoas para formar um time e governar”, assegurou Leite. Por sua vez, ainda que não tenha anunciado sua pré-candidatura, Tabata tem se posicionado em temas municipais e recentemente protagonizou uma troca de farpas com Ricardo Nunes. Em vídeo publicado nas redes sociais em julho, a deputada afirmou que o prefeito disse desconhecer o seu trabalho. “Mas para respondê-lo, eu fui para rua ver se, para começo de conversa, as pessoas sabiam me dizer: quem é o prefeito de São Paulo”, escreveu no Twitter, publicando um vídeo em que questiona populares sobre quem comanda a cidade.