A mulher presa no sábado (26) sob suspeita de ter matado, esquartejado e guardado em uma geladeira as partes do corpo da filha de 9 anos disse em depoimento que pesquisou na internet a maneira mais fácil de esquartejar a criança.
Neste domingo (27), Ruth Floriano, de 30 anos, teve a prisão em flagrante, realizada na zona leste de São Paulo, convertida em prisão preventiva. Isso significa que ela ficará presa por tempo indeterminado, até que as investigações avancem.
Os restos mortais da menina passaram por exame necroscópico no IML (Instituto Médico-Legal) e aguardam a retirada da família. O enterro deve acontecer ainda nesta segunda-feira (28).
Ruth já havia admitido, segundo a polícia, que cometeu o crime para se vingar do ex-companheiro e pai da criança. Informações preliminares revelam que Alany Izilda Floriano Silva pode ter morrido há cerca de 20 dias, na antiga casa da família, na zona leste. Seus restos mortais foram encontrados no novo endereço da mãe, na região do Jardim Ângela, na zona sul da capital paulista.
Segundo o boletim de ocorrência, a menina escovava os dentes quando a mãe a puxou e a esfaqueou. Ainda de acordo com o relato da suspeita, ela deixou a filha caída por cerca de três horas. Depois "se drogou o suficiente para ter coragem de arrancar a cabeça da vítima". E fez buscas na web para saber como cortar o corpo da criança.
Na sequência, Ruth teria colocado os restos mortais em uma caixa térmica. Dias depois, ela decidiu pôr partes na geladeira e enrolou o eletrodoméstico com lençol e fitas.
Durante a mudança para a nova casa, um amigo do atual namorado da suspeita afirmou que a geladeira estava muito pesada. Mas a mulher informou que havia colocado seus pertences dentro do eletrodoméstico porque não tinha malas.
A atual sogra de Ruth foi até a nova casa dela e desconfiou que a mulher guardava drogas e armas na geladeira, já que estava ligada na tomada e continuava coberta com um lençol e fita mesmo depois da mudança.
Quando a suspeita saiu, a sogra encontrou restos mortais da menina em uma caixa térmica. A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local e abrir o eletrodoméstico, encontrou as outras partes do corpo de Alany.
O caso foi registrado como homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil e pelo fato de a vítima ser menor de idade e não ter possibilidade de defesa. A suspeita responderá ainda por ocultação de cadáver.
Ainda no B.O., o delegado Eder Vulczak, responsável pela investigação do caso, afirma que Ruth demonstrou frieza ao relatar como matou a filha e tentou ocultar o cadáver. A mulher ainda não teria apresentado nenhum remorso nem arrependimento.
Questionada sobre a motivação do crime, a suspeita disse que teria assassinado a filha para se vingar do ex-companheiro, que seria o "pai" da criança. Porém, o homem em questão não seria o pai biológico da menina.