A Caixa começa nesta segunda-feira (19) a depositar o pagamento do Bolsa Família e do Auxílio Gás. O total de beneficiados será de 21,2 milhões, com repasse de mais de R$ 14,9 bilhões, recorde de recursos.
A novidade neste mês é que foi incluído mais um benefício, de R$ 50. Esse valor extra é o chamado BVF (Benefício Variável Familiar), concedido a gestantes, adolescentes com idade entre 12 e 18 anos e crianças a partir de 7 anos.
O adicional é somado à parcela de R$ 600, paga mensalmente às famílias. Com isso, o benefício médio será de R$ 705,40, o maior da história do programa de transferência de renda.
Os beneficiários que têm dependentes com menos de 7 anos já recebem, desde março, o BPI (Benefício Primeira Infância), de R$ 150 mensais por criança. Agora, é a vez de grávidas, adolescentes e crianças maiores, que passam a ter direito ao auxílio de R$ 50 por mês.
Os acréscimos garantem que 9,8 milhões ganhem mais recursos neste mês do que em maio, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo pagamento.
Recebem hoje os beneficiários com final 1 do NIS (Número de Inscrição Social), conforme calendário escalonado, que vai até o dia 30 (veja datas abaixo).
Neste mês também será pago o Auxílio Gás para mais de 5,6 milhões de famílias. O benefício é bimestral e garante aos participantes do programa o recebimento do valor suficiente para a compra de um botijão de gás de cozinha de 13 kg.
Em junho, o valor será de R$ 109. Atualmente, o valor médio do botijão é de R$ 103,55, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
As famílias que recebem o Bolsa Família pelo Caixa Tem, em conta poupança social digital, podem movimentar os recursos pelo aplicativo.
Os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais por meio da função de débito e realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas, além das agências da Caixa.
Para ter direito ao Bolsa Família, a principal regra é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês. Ou seja, se um integrante da família recebe um salário mínimo (R$ 1.320), e nessa família há sete pessoas, a renda de cada um é de R$ 188. Como está abaixo do limite de R$ 218 por pessoa, essa família tem o direito de receber o benefício.
Além disso, para permanecer no programa, é exigida a frequência escolar para crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos das famílias beneficiárias, o acompanhamento pré-natal para gestantes, o acompanhamento nutricional das crianças até 6 anos e a manutenção do caderno de vacinação atualizado.
A família elegível precisa estar inscrita no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal), com os dados corretos e atualizados, além de atender aos critérios.
O programa, que estava com o nome de Auxílio Brasil no governo anterior, voltou a ser chamado de Bolsa Família. O pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes. Neste mês, começa o pagamento extra de R$ 50 para gestantes e jovens até 18 anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Também é possível acompanhar as principais informações sobre o benefício pelo aplicativo do programa.
Há outros dois canais de atendimento: o número 121, do Ministério do Desenvolvimento Social, que reúne informações e é a central para denúncias; e o número 111, que é o canal de Atendimento ao Cidadão da Caixa Econômica Federal, com informações sobre o cartão e o saque do benefício.