A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a morte do jovem João Henrique Souza Gonçalves, de 20 anos, morto por um policial militar na noite de sábado (21) em Várzea Paulista.

Segundo o boletim de ocorrência, o PM relatou que disparou a arma de forma acidental ao se desequilibrar em uma escadaria durante uma abordagem na Vila Real.

O delegado responsável pela investigação, Rafael Diorio, informou que o inquérito foi instaurado no domingo (22) e já foram solicitados exames periciais. Ele também orienta que testemunhas do crime compareçam na delegacia de Várzea Paulista para depoimentos.

A Polícia Militar informou, em nota, que policiais militares da 3ª Companhia do 49º Batalhão de Polícia Militar do Interior prenderam o policial em flagrante e que, agora, a Corregedoria da PM está acompanhando o caso.

O militar suspeito de efetuar o disparo foi preso em flagrante e levado para o presídio militar Romão Gomes.

Como o crime ocorreu

De acordo com o boletim de ocorrência, a equipe da Polícia Militar estava em patrulhamento em um local conhecido como ponto de tráfico de drogas.

Os PMs relataram que, durante a ocorrência, avistaram uma barricada na Rua Tambaú, que impedia a entrada da viatura. Neste momento, ainda conforme o relato dos policiais no B.O, quatro homens fugiram ao perceberem a presença da viatura, e um dos PMs saiu do veículo para tentar abordá-los.

Ainda de acordo com o B.O, o PM afirmou que os homens correram para uma escadaria no fim da rua e que, ao persegui-los, se desequilibrou no degrau da escada e, acidentalmente, acabou efetuando o disparo. O policial disse que, de início, não percebeu que havia atingido alguém e voltou para viatura.

O parceiro do PM relatou, no boletim de ocorrência, que, após a tentativa de abordagem, o agente voltou para a viatura dizendo os suspeitos haviam fugido, e os dois retornaram à base. Momentos depois, o Serviço de Atendimento Móvel Urgente (Samu) foi acionado para socorrer um jovem baleado na rua da ocorrência.

A Polícia Militar voltou ao bairro, assim como policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí e a Polícia Científica. No local, João Henrique Souza Gonçalves foi encontrado morto com duas marcas de tiro na cabeça, de entrada e saída da bala, conforme descrito no B.O.

Não foram localizados projéteis no local da ocorrência, e as armas dos policiais envolvidos foram apreendidas.