Nesta terça feira (25), pela primeira vez na história de Várzea Paulista, foi comemorado o “Dia Municipal da Mulher Negra”, com um evento solene no Auditório da Praça CEU. Durante a cerimônia foram homenageadas por meio de certificados e presentes, as mulheres pretas que se destacam na defesa e na promoção dos direitos a temáticas relacionadas a negritude. A celebração vem após a Câmara Municipal criar a Lei nº 30/2023, que institui a data no Calendário Oficial de eventos.
Segundo o prefeito professor Rodolfo Braga, é uma satisfação fazer parte da comemoração. “Eu não poderia estar mais feliz neste momento histórico, pois sabemos da importância de ter políticas públicas para mulheres. Por isso, temos a frente da pasta, Patrícia Felix, uma mulher negra, que faz muito bem essa atividade, juntos estamos na luta por uma sociedade igualitária”, disse. “Além disso, me coloco à disposição para defender a mulher e a comunidade negra. Vale lembrar que essas mulheres homenageadas representam todas as mulheres pretas e pardas, espero que todas se sintam representadas hoje”, comentou.
De acordo com o vice-prefeito, Fernando Pasqualino, nossa sociedade está bem longe de ser perfeita, mas tem avançado pouco a pouco. “Nosso governo é o mais inclusivo na história de Várzea Paulista. Sei que vivemos em um mundo racista, por isso buscamos lutar para mudar essa realidade, nossa sociedade tem uma dívida com a comunidade negra e principalmente com as mulheres pretas, por isso precisamos de medidas e políticas públicas”, disse.
A luta das mulheres negras pela equidade
A chefe municipal de Políticas Públicas para Mulheres, da Unidade Gestora de Desenvolvimento Social, Patrícia Félix, foi a responsável por indicar a criação da data comemorativa no município. Ela comentou que estava emocionada e grata por fazer parte deste dia histórico. “Isso daqui pra mim é um momento único, não sei nem o que dizer, me faltam palavras para expressar tamanha gratidão, pois esse projeto de lei que é essencial, por isso trouxe essas mulheres pretas que são referência na nossa cidade”, finalizou.
A advogada e representante do CPDCN (Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo), Roseli Santos, mostrou estar orgulhosa pelo evento. “Nossa luta não é isolada, é uma luta de todos, obrigada por caminharem conosco, em especial agradeço as autoridades pelo apoio”, declarou. “Nosso conselho tem como função fomentar e promover a comunidade negra, é assim que trabalhamos para construir uma sociedade melhor”, comentou.
A palestrante e Presidente do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Jundiaí, Pérola Elizabete, expos sua felicidade em fazer parte do evento. “É uma honra estar aqui, nós quanto comunidade negra, ficamos felizes em ver pessoas não negras participando de nossas ações, na nossa luta buscamos respeitar nossos ancestrais, pois nossa história tem que ser contada para empoderar nosso povo”, finalizou.
A luta é de todos
O gestor municipal de Desenvolvimento Social, Leandro Marques, citou que é muito bom ver pessoas tão dedicadas e empenhadas na luta pela igualdade de todos. “Neste dia histórico repleto de significado, é só mais uma prova que nossa administração está sempre buscando melhorias para nossa cidade”, disse.
O presidente da Câmara, Eliseu Notário, comentou sobre a honra que foi protocolar a Lei, mas frisou que nada teria acontecido sem a chefe de Políticas Públicas para Mulheres, Patrícia Félix. “No Dia Municipal da Mulher Negra nós não podemos esquecer que é hoje também é o Dia Nacional de Teresa de Benguela, então parabenizo a todas as mulheres pretas. E digo que a Câmara está aqui por vocês, temos que nos unir e avançar, quero lutar junto com vocês”, destacou.